Casos de conjuntivite aumentam no verão e especialista alerta para os cuidados
Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, não é apenas a pele que necessita de cuidados extras. Os olhos também exigem atenção especial devido a maior incidência de conjuntivite no período. Segundo o oftalmologista Fernando Naves, do hospital Santa Casa de Mauá, a conjuntivite viral ou de verão, causada pelo adenovírus, é […]
- Data: 18/12/2024 14:12
- Alterado: 18/12/2024 14:12
- Autor: Redação
- Fonte: Hospital Santa Casa de Mauá
Crédito:Divulgação
Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, não é apenas a pele que necessita de cuidados extras. Os olhos também exigem atenção especial devido a maior incidência de conjuntivite no período.
Segundo o oftalmologista Fernando Naves, do hospital Santa Casa de Mauá, a conjuntivite viral ou de verão, causada pelo adenovírus, é a mais comum. “O aumento de casos no verão ocorre em razão do calor, que favorece a proliferação de bactérias e vírus. Além disso, a aglomeração e o contato direto entre as pessoas por ser maior facilita a propagação de vírus e bactérias, bem como os banhos de mar e piscina e a exposição ao ar-condicionado”, explica.
Esse tipo de conjuntivite é altamente contagioso e pode acometer os dois olhos. O contágio ocorre pelo contato direto com pessoas ou itens contaminados e entre os sintomas estão olhos vermelhos e lacrimejantes, pálpebras inchadas e grudadas ao acordar, sensação de ter algo nos olhos, fotofobia, secreção e coceira.
Neste período de verão também é comum a conjuntivite alérgica, causada por pólen, pelos de animais, poeira, ácaro, perfumes, sendo mais corriqueira em pacientes com rinite ou bronquite. Esse tipo não é transmissível e os sintomas são os mesmos da viral, porém a coceira é mais intensa e a secreção é clara.
Outro tipo que pode ocorrer é a conjuntivite bacteriana, menos frequente e com transmissão mais difícil, porém com sintomas e consequências mais agressivas. A contaminação acontece a partir do contato direto com a bactéria.
O diagnóstico é clínico e pode ser complementado com alguns exames. A conjuntivite pode persistir por até 15 dias e, ao notar os primeiros sintomas e qualquer tipo de desconforto nos olhos, o ideal é consultar um oftalmologista, pois cada tipo da doença deve ser tratado de maneira diferente, apesar dos sintomas serem semelhantes.
“O tratamento inadequado é muito perigoso, da mesma forma que utilizar colírios sem recomendação médica, já que alguns podem causar catarata e glaucoma. O uso de todo medicamento deve ser monitorado pelo médico. Vale destacar ainda que uma conjuntivite não tratada pode trazer danos à visão e comprometer a córnea”, orienta o especialista Fernando Naves.
Para evitar todos os tipos de conjuntivite e a propagação da doença é preciso estar atento a algumas recomendações como: não coçar os olhos e lavar as mãos várias vezes ao dia ou sempre que colocar a mão no rosto. Se estiver contaminado, não frequentar piscinas ou praias, não compartilhar maquiagem, suspender o uso de lentes de contato e utilizar óculos de sol.