Setor de motocicletas cresce 19% no Brasil em 2024
Honda lidera vendas
- Data: 09/12/2024 07:12
- Alterado: 09/12/2024 07:12
- Autor: Redação
- Fonte: G1
Motos
Crédito:Arquivo - Agência Brasil
O setor de motocicletas no Brasil registrou um desempenho notável em 2024, com um total de 1.723.971 motos zero quilômetro emplacadas até novembro, conforme dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Esse número representa um aumento de 19% em relação ao mesmo período de 2023. Entretanto, em novembro, observou-se uma redução de 11,82% nos emplacamentos comparado a outubro, o que pode ser atribuído ao menor número de dias úteis devido aos feriados, conforme explica o presidente da Fenabrave, Andreta Jr.
O crescimento robusto do setor se deve, em parte, à contínua demanda dos serviços de entrega e ao apoio do sistema de consórcios para autofinanciamento, já que as aprovações de crédito para financiamentos convencionais permanecem limitadas a 30%. Em contraste com o vigoroso mercado de motos a combustão, as vendas de modelos elétricos não apresentaram o mesmo fôlego. Houve uma queda de 14,56% nas vendas desses veículos no acumulado do ano, embora novembro tenha registrado um aumento significativo de 78% no número de emplacamentos em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Ainda assim, apenas 711 unidades elétricas foram registradas.
No cenário das motocicletas mais vendidas, a Honda CG 160 manteve sua liderança inabalável no mercado brasileiro. Em novembro, foram registrados 27.900 novos emplacamentos desse modelo, somando um total de 395.138 unidades no ano até então. Isso posiciona a CG como o veículo mais vendido do país, superando até mesmo automóveis como a Fiat Strada.
Entre outros modelos da Honda que figuram entre os mais vendidos estão a Biz e a Pop 110i ES. A marca japonesa domina amplamente o mercado, ocupando as cinco primeiras posições no ranking de vendas do ano e abarcando mais de dois terços do mercado nacional. Apesar disso, a Honda perdeu posição para a Mottu Sport 110i no sexto lugar devido ao fraco desempenho da scooter PCX.
A Shineray também obteve destaque ao atingir pela segunda vez uma participação de mercado de 5%, graças à maior importação de modelos da China. Mudanças na divisão de mercado também foram notáveis, com a Bajaj ingressando no top 10 das marcas mais vendidas no Brasil, substituindo a Kawasaki.
Os dados do mercado revelam um quadro diversificado e dinâmico para as motocicletas no Brasil em 2024. O contínuo interesse por modelos tradicionais é evidente, enquanto o segmento elétrico ainda busca seu espaço neste cenário competitivo.