Lula ironiza crítica de 90% do mercado financeiro e defende novo pacote fiscal
Tebet critica mercado e destaca avanços sociais.
- Data: 05/12/2024 17:12
- Alterado: 05/12/2024 17:12
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Valter Campanato/Agência Brasil
Na última quinta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a inauguração de uma nova planta de produção de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, MS, abordou com ironia a pesquisa Quaest que revelou a desaprovação de 90% do mercado financeiro ao seu governo. A pesquisa, realizada entre 29 de novembro e 3 de dezembro, após o anúncio de um pacote de corte de gastos pelo ministro Fernando Haddad, aponta que as medidas foram vistas como insuficientes por investidores.
O pacote fiscal inclui restrições no pagamento do abono salarial para trabalhadores que ganham até 1,5 salário mínimo e mudanças na Previdência dos militares. Além disso, propõe-se uma alíquota mínima no Imposto de Renda para quem ganha mais de R$ 50 mil mensais, enquanto amplia a isenção para quem ganha até R$ 5.000. Essas ações foram criticadas pelo mercado por não reduzirem suficientemente as despesas.
Na cerimônia, Lula estava acompanhado por diversas autoridades, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ministra do Planejamento Simone Tebet. Tebet criticou o mercado financeiro, afirmando que o verdadeiro motor econômico do país é composto por agricultores, comerciantes e servidores. Destacou ainda a redução da taxa de desemprego e os avanços sociais como contrapontos à avaliação negativa do mercado.
Após o evento em Mato Grosso do Sul, Lula partiu para Montevidéu, Uruguai, onde participará da cúpula do Mercosul e se encontrará com o ex-presidente Pepe Mujica. A agenda internacional reforça a busca do governo por fortalecer alianças regionais em um contexto econômico desafiador.