Auxílio Reencontro: iniciativa já proporcionou o recomeço para mais de 1.000 beneficiários em SP

Projeto tem como principal objetivo conceder a oportunidade de moradia ou o retorno ao núcleo familiar para pessoas acolhidas na rede socioassistencial

  • Data: 03/12/2024 15:12
  • Alterado: 03/12/2024 15:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Prefeitura de São Paulo
Auxílio Reencontro: iniciativa já proporcionou o recomeço para mais de 1.000 beneficiários em SP

São Paulo inova na política de acolhimento com as Vilas Reencontro

Crédito:Prefeitura de SP

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Desde novembro de 2023, a Prefeitura de São Paulo ampliou o seu atendimento à população em situação de rua com o Auxílio Reencontro. Mais um braço do Programa Reencontro, a ação ajuda pessoas e famílias em situação de rua a reencontrarem a independência, conquistar a autonomia e buscar um novo começo fora das ruas.

Dividido nas modalidades Auxílio Reencontro Moradia e Auxílio Reencontro Família, o projeto tem como principal objetivo conceder a oportunidade de moradia ou o retorno ao núcleo familiar para pessoas acolhidas na rede socioassistencial. Com a meta de atender 814 pessoas em seu primeiro ano, como fase piloto da iniciativa, os resultados foram ainda melhores. Ao todo 1.400 pessoas são beneficiadas.

Veja como funciona cada categoria do auxílio:

Auxílio Reencontro Moradia

Nesta modalidade, o cidadão recebe suporte para a estadia em uma moradia ou espaço de hospedagem, seja individual ou compartilhado, destinado a atender uma ou mais pessoas em situação de rua, incluindo aquelas acolhidas na rede socioassistencial. O benefício, com duração máxima de 24 meses, oferece um auxílio financeiro mensal de R$ 600 para a categoria individual, e R$ 1.200 para famílias.

Márcio Rodrigues foi uma das pessoas que viu sua vida recomeçar graças ao projeto. A história dele começou no Centro de Acolhida com Inserção Produtiva “Casa São Lázaro”, serviço que trabalha o crescimento e desenvolvimento profissional dos atendidos por meio de oficinas de costura, pintura, fusing glass, estamparia, e aquela onde Márcio descobriu seu talento, o artesanato.

“Eu tenho minha fonte de renda pelo POT (Programa Operação Trabalho) de segunda a sexta, e passo o dia inteiro na oficina. Mais do que uma fonte de renda, isso é uma terapia para mim”, conta o artesão, que também fala sobre como o programa apoia o desenvolvimento de cada pessoa, após deixar o serviço de acolhimento. “O programa não é apenas sobre entregar a chave e te desejar ‘boa sorte’. Existe todo um suporte técnico que é fundamental”.

Auxílio Reencontro Família

Já o Auxílio Reencontro Família é a opção para quem tem a oportunidade de retornar a família nuclear (pais e filhos) ou extensa (outros graus de parentesco), com o auxílio financeiro que é destinado diretamente à família que realiza o acolhimento com o mesmo valor da categoria Moradia.

Uma dessas histórias é a de Washington Reis, que viveu durante 6 anos em situação de rua. O vendedor autônomo de 49 anos passou por vários serviços de acolhimento da Prefeitura e hoje, depois de voltar ao núcleo familiar, ele reconstrói a própria história. “A família não tem nada contra a minha pessoa, mas sim contra as atitudes que eu tomei. Assim que eu mudei minhas escolhas, apareceram os vínculos que nos unem como uma família”, falou.

Washington explicou os desafios para uma pessoa deixar as ruas e se restabelecer em uma nova rotina. Ele destaca ainda a importância do apoio profissional nesta etapa. “Esse momento de saída é muito difícil e requer muita vigilância e, por isso, a equipe é importante. Eles estão sempre visitando, ligando e conversando. Para alguém que veio da mesma situação que eu, esse apoio é fundamental para continuar de pé”.

Programa Reencontro

O projeto possui três eixos de atuação: conexão, cuidado e oportunidade. O primeiro visa estimular a recriação de vínculos preexistentes e o fortalecimento da rede de apoio.

O primeiro elemento de conexão entre o poder público e o indivíduo em situação de rua é a abordagem social, sendo, portanto, um instrumento fundamental de vinculação das pessoas à política pública e às demais etapas e eixos do “Programa Reencontro”.

Já no segundo eixo, são oferecidas moradias subsidiadas para aqueles que não possuem renda suficiente nas seguintes modalidades: locação social, que é o aluguel subsidiado conforme renda; a renda mínima ou o auxílio pecuniário para pessoas sem problemas de drogadição; moradia transitória ou as unidades com alta rotatividade para que se busque evitar o processo de cronificação, promovendo rápido resgate da autonomia. Dentro desse eixo, está prevista a entrega de módulos equipados com cozinha, banheiro, armário e mobiliário de acordo com a configuração familiar para pessoas em situação de vulnerabilidade social. O foco é a conquista da autonomia por parte dos atendidos, através da reinserção no mercado de trabalho e da reconstrução dos vínculos sociais e familiares.

Cada família pode permanecer entre 12 e 24 meses nas moradias transitórias das Vilas Reencontro. Esse período pode ser estendido de acordo com o acompanhamento da família pela equipe técnica. Além disso, elas devem participar de capacitações profissionais e outros atendimentos sociais com o objetivo de alcançar a independência. Os critérios de elegibilidade para acolhimento nas moradias transitórias são as informações do CadÚnico; as famílias em que as mulheres são as responsáveis; núcleos familiares que possuam crianças e adolescentes em sua composição e que estejam em situação de rua por um período mais recente (de 6 a 36 meses).

E por fim, o eixo oportunidade, consiste na intermediação de mão de obra e emprego, através da capacitação profissional, da alocação em contratos públicos, da busca ativa por vagas e do estímulo à contratação no setor privado.

Rede Socioassistencial

A cidade de São Paulo possui a maior rede socioassistencial da América Latina, com cerca de 29 mil vagas de acolhimento, distribuídas em Centros de Acolhida, Hotéis Sociais, Repúblicas para Adultos, Vilas Reencontro, entre outras.

O encaminhamento para os serviços de acolhimento da rede socioassistencial é feito de acordo com o perfil do indivíduo e com a tipologia do serviço, respeitando o histórico da pessoa ou família a ser acolhida. As pessoas em situação de rua são encaminhadas aos serviços de acolhimento por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centros Pop do município, do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) e Ampara SP.

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  • Data: 03/12/2024 03:12
  • Alterado:03/12/2024 15:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Prefeitura de São Paulo









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