Torcida do Corinthians arrecada R$ 7,46 milhões em um dia para quitar dívida da Arena
Campanha visa R$ 700 milhões em seis meses.
- Data: 29/11/2024 11:11
- Alterado: 29/11/2024 11:11
- Autor: Redação
- Fonte: Jornal Diário do Grande ABC
Neo Química Arena
Crédito:Divulgação
A mobilização dos torcedores do Corinthians para quitar a dívida com a Caixa Econômica Federal relacionada à Neo Química Arena tem ganhado força significativa. Em apenas um dia de campanha, já foram arrecadados R$ 7,46 milhões. A iniciativa, que recebe o respaldo da Gaviões da Fiel, maior torcida organizada do clube, visa reunir R$ 700 milhões, montante necessário para saldar a dívida junto ao banco estatal.
O plano inicial estipula uma duração de seis meses para a campanha. Caso a quantia desejada não seja alcançada, os fundos levantados serão utilizados na renegociação e amortização da dívida com a Caixa. As contribuições estão sendo feitas via Pix, direcionadas para uma conta específica no próprio banco, que só poderá ser movimentada após o término da campanha.
Mantendo o ritmo de arrecadação inicial, a meta poderia ser atingida em 92 dias, pouco mais de três meses, reduzindo significativamente o tempo máximo previsto pela organização da campanha.
É importante destacar que em nenhum momento os recursos passam pelo controle direto do Corinthians. O clube alertou seus torcedores sobre sites fraudulentos que tentam desviar doações. Até agora, 36 páginas falsas foram removidas pelo departamento de Tecnologia da Informação do clube.
Em outubro passado, foi firmado um Protocolo de Intenções entre Corinthians, Caixa e Gaviões para viabilizar o projeto. Nos últimos quatro anos, a dívida do estádio aumentou em cerca de R$ 150 milhões, passando de R$ 566 milhões em 2020 para R$ 710 milhões até meados de 2024. Esta dívida se originou de um empréstimo contraído pelo Corinthians em 2014 junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com a Caixa como intermediária.
Em 2023, Duílio Monteiro Alves, então presidente do clube, anunciou ter chegado a um acordo com a Caixa para liquidar a dívida. No entanto, essa afirmação foi refutada por Augusto Melo, seu sucessor. Melo chegou a ir à Brasília para negociar com o banco, mas ainda não apresentou uma proposta definitiva.