Chikungunya avança no Brasil: 201 mortes em 2024
Veja medidas de prevenção essenciais.
- Data: 28/11/2024 19:11
- Alterado: 28/11/2024 19:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Reprodução
A chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, tem registrado um aumento preocupante no número de mortes em 2024, conforme apontam dados da Fiocruz. Até agosto, já foram confirmadas 201 mortes, superando as 122 registradas em todo o ano passado. A doença, introduzida nas Américas em 2013 e no Brasil em 2014, apresenta sintomas como dores nas articulações, febre e náuseas, podendo levar a complicações fatais.
A infectologista Melissa Falcão alerta que as mortes podem ser subnotificadas devido às “mortes secundárias”, aquelas causadas indiretamente pela chikungunya ao agravar comorbidades preexistentes dos pacientes. Segundo ela, o país ainda enfrenta desafios na capacitação dos agentes de saúde para uma análise precisa dos casos. As mudanças climáticas também são um fator agravante, criando condições ideais para a proliferação do mosquito transmissor.
O Ministério da Saúde reconhece esse cenário e está investindo em medidas como o uso de Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) e mosquitos estéreis geneticamente modificados para conter a reprodução do Aedes aegypti. Estudos recentes ligam fenômenos meteorológicos como o El Niño ao aumento da infestação do mosquito, destacando o impacto das temperaturas elevadas e chuvas intensas na reprodução do vetor.
Além das ações governamentais, a eliminação de criadouros pelo engajamento da população é essencial para controlar tanto a chikungunya quanto a dengue. Minas Gerais lidera o ranking nacional de infecções por chikungunya em 2024, com mais de 164 mil casos notificados. O aumento expressivo dos casos ressalta a necessidade urgente de estratégias eficazes de controle e prevenção para enfrentar essas doenças tropicais negligenciadas no Brasil.