Funcionários da PepsiCo em SP em greve total pelo fim da escala 6×1
Desafio à escala de trabalho exaustiva levanta debate sobre condições laborais na indústria alimentícia.
- Data: 26/11/2024 20:11
- Alterado: 26/11/2024 20:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Divulgação
A greve dos funcionários das fábricas da PepsiCo em Sorocaba e Itaquera, São Paulo, iniciada na noite de domingo (24), levanta importantes questões sobre as condições de trabalho na indústria. A principal demanda dos trabalhadores é a revisão da escala 6×1, considerada exaustiva. Na terça-feira (26), uma audiência no TRT-2 discutiu a possibilidade de uma “cláusula de paz”, que suspenderia temporariamente a greve enquanto se examinam as razões de sua decretação.
A PepsiCo, responsável por marcas como Pepsi, Doritos e Toddy, emprega 12 mil pessoas diretamente no Brasil. No entanto, não especificou quantos desses estão em greve nas unidades mencionadas. As negociações entre a empresa e o Stilasp começaram em meados de 2024, mas uma proposta recente para alterar a escala de trabalho foi rejeitada pelos trabalhadores. A proposta envolvia jornadas de 12 horas em dois sábados consecutivos, seguidas de um sábado livre a cada três semanas. Os trabalhadores consideraram essa alternativa insatisfatória.
Na audiência, José Carlos da Rocha Junior, diretor do Stilasp, afirmou que a adesão à greve é total. A PepsiCo contestou essa alegação, sugerindo que alguns funcionários estão sendo impedidos de trabalhar, o que o sindicato nega.
Se os funcionários aceitarem a cláusula proposta pelo desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto, a empresa deve apresentar novas propostas para discussão em outra audiência no TRT-2 agendada para o dia 2 de outubro. Em Sorocaba, as deliberações ocorrem sob a jurisdição do TRT-15, com uma audiência marcada para o dia 27 de setembro.
Em nota oficial, a PepsiCo reafirma seu compromisso com o diálogo e a legalidade da escala atual, expressando sua disposição para encontrar soluções equilibradas. Esta situação destaca a importância de negociações justas e transparentes para resolver disputas trabalhistas.