Ministro israelense propõe diminuir em 50% a população de Gaza
Ministro israelense Bezalel Smotrich vê Trump como aliado crucial para mudanças demográficas em Gaza
- Data: 26/11/2024 12:11
- Alterado: 26/11/2024 12:11
- Autor: Redação
- Fonte: g1
Crédito:Reprodução
Bezalel Smotrich, ministro das Finanças de Israel e figura proeminente da extrema direita, originou-se em um assentamento israelense nas Colinas de Golã, área internacionalmente reconhecida como parte da Síria. Smotrich é um fervoroso defensor da ocupação dos territórios palestinos por Israel. Recentemente, ele declarou que o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos representa uma oportunidade estratégica para as aspirações israelenses na região.
Durante a inauguração de uma linha ferroviária leve em Tel Aviv, Smotrich reafirmou sua posição polêmica ao sugerir a “conquista” da Faixa de Gaza e a redução da população palestina pela “emigração voluntária”. Em um simpósio promovido pelo Conselho Yesha, que representa colonos na Cisjordânia ocupada, o ministro enfatizou a necessidade de Israel não temer a ideia de conquistar Gaza.
Smotrich acredita que a nova administração norte-americana oferece uma chance única para implementar tais mudanças demográficas no território palestino. Ele sugere que, em um período de dois anos, poderia ser possível reduzir pela metade a população de Gaza.
Essas declarações ocorrem em meio a tensões crescentes desde 7 de outubro, quando o Hamas realizou um ataque em Israel, resultando na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e sequestro de cerca de 200 reféns. A resposta militar israelense gerou uma ofensiva que, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas em Gaza, já causou mais de 44 mil mortes. A ONU relata que 70% dessas mortes independentes são de mulheres e crianças.
Paralelamente, a Human Rights Watch classificou o deslocamento forçado contínuo de palestinos como crime contra a humanidade, alegações rejeitadas por Israel. Em um movimento judicial significativo, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão por crimes de guerra contra figuras chave do conflito: Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense; Mohammed Deif, líder do Hamas; e Yoav Gallant, ex-ministro da Defesa de Israel.
Esses desenvolvimentos intensificam o debate internacional sobre as ações de Israel em Gaza e suas implicações legais e humanitárias.