Presidente do Chile enfrenta acusações de assédio sexual
Essa não é a primeira vez que Gabriel Boric enfrenta tais alegações
- Data: 26/11/2024 12:11
- Alterado: 26/11/2024 12:11
- Autor: Redação
- Fonte: G1
Gabriel Boric
Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil
Gabriel Boric, presidente do Chile e ex-líder estudantil, está atualmente sob investigação pelo Ministério Público devido a uma acusação de assédio sexual que remonta a uma década atrás. A denúncia, feita em setembro deste ano, só recentemente foi divulgada pela Promotoria, e a defesa de Boric nega categoricamente as acusações.
A vítima alega que o incidente ocorreu quando Boric tinha 27 anos, logo após completar seus estudos em Direito. Na época, ele já era uma figura proeminente no movimento estudantil chileno. O processo foi oficialmente registrado na região de Magallanes, ao sul do país, e confirmado pelo chefe do Ministério Público local, Cristián Crisosto.
O advogado de Boric, Jonatan Valenzuela, declarou que seu cliente rejeita completamente as alegações referentes a um suposto incidente ocorrido em 2013. Valenzuela enfatizou que Boric não mantinha qualquer tipo de relacionamento com a acusadora desde julho de 2014 e descreveu os e-mails enviados pela mulher como “não solicitados nem consentidos”, incluindo mensagens com conteúdo explícito.
Essa não é a primeira vez que Boric enfrenta tais alegações. Durante sua campanha presidencial em 2021, ele foi acusado de outro episódio semelhante, que também negou na época e que não resultou em investigação criminal.
Com foro privilegiado no Chile, qualquer investigação formal contra o presidente requer uma aprovação judicial para suspender sua imunidade. Atualmente, uma equipe especial do Ministério Público está encarregada da investigação, embora detalhes adicionais sobre o caso ainda não tenham sido divulgados.
Este episódio ocorre num contexto delicado para o governo chileno, que também enfrenta um escândalo envolvendo Manuel Monsalve, ex-responsável pela segurança do governo, atualmente detido sob acusações de abuso sexual e estupro.
A situação coloca Boric sob intensa pressão enquanto se aproxima do término de seu mandato presidencial em 2026, ao qual não poderá concorrer à reeleição.