BNDES expande captações internacionais para R$ 26 bilhões com acordos no G20
Captações em yuan e mira liderança em transição energética e preservação ambiental no Brasil.
- Data: 21/11/2024 23:11
- Alterado: 21/11/2024 23:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Fernando Frazão/Agência Brasil
Na recente cúpula do G20, no Rio de Janeiro, e durante a visita de Xi Jinping ao Brasil, o BNDES firmou acordos que dobrarão suas captações externas, alcançando cerca de R$ 26 bilhões. Essa expansão, que inclui operações em dólar, euro e yuan, marca um passo significativo na estratégia do banco para diversificar suas fontes de financiamento. Aproximadamente R$ 8 bilhões desses recursos podem ser liberados imediatamente, com o restante previsto até 2026.
Apesar deste progresso, as captações externas ainda estão abaixo dos níveis do final dos anos 1990 e início dos 2000. Naquele período, representavam mais de 1% do PIB, atingindo um recorde de 2% em 2002. Atualmente, as captações são 0,23% do PIB, com previsão de chegar a 0,46%.
Uma das principais novidades é a parceria entre o BNDES e o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), estabelecendo uma linha de financiamento em yuan. Esta iniciativa visa atender à demanda por transações na moeda chinesa, possibilitando aos exportadores se protegerem da variação cambial.
Os acordos firmados no G20 incluem US$ 3 bilhões do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura para projetos ESG. Adicionalmente, a CAF disponibilizou US$ 500 milhões focados em descarbonização e infraestrutura sustentável. A Agência Francesa de Desenvolvimento também contribuiu com € 200 milhões para projetos no Norte e Nordeste do Brasil.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que esses novos recursos permitem ampliar o foco em iniciativas climáticas e energéticas sem onerar o Tesouro Nacional. O banco está bem posicionado para liderar globalmente em transição energética e preservação ambiental.
Essas captações representam um avanço estratégico para o BNDES, permitindo alavancar investimentos em áreas cruciais como energia renovável e conservação ambiental, fundamentais para o futuro sustentável do Brasil.