Agente da PF é acusado de planejar golpe contra Lula, vazando informações cruciais durante transição

Investigações revelam complô envolvendo apoiadores de Bolsonaro e ameaças a alvos políticos.

  • Data: 19/11/2024 15:11
  • Alterado: 19/11/2024 15:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: TNH1
Agente da PF é acusado de planejar golpe contra Lula, vazando informações cruciais durante transição

Crédito:Divulgação

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O agente da Polícia Federal, Wladimir Matos Soares, foi detido na nesta terça-feira (19), sob a acusação de ter repassado informações confidenciais acerca da segurança do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para indivíduos associados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante o período de transição governamental.

Conforme revelações da Polícia Federal, Wladimir teria compartilhado dados pessoais de um agente encarregado da proteção de Lula, além de expressar a intenção de aguardar uma possível ordem executiva do então presidente Bolsonaro para auxiliar em um golpe de Estado.

Comunicações interceptadas entre Wladimir e o capitão da reserva Sérgio Rocha Cordeiro, que atuava como assessor especial na presidência durante a administração Bolsonaro, indicam um suposto envolvimento do militar em planos golpistas contra a vitória eleitoral de Lula. Cordeiro também é investigado por sua suposta participação em fraudes relacionadas aos cartões de vacinação do ex-presidente.

Em mensagens trocadas com Cordeiro, Wladimir afirmou estar preparado para defender o Palácio do Planalto e o presidente Bolsonaro, mencionando que aguardava apenas uma “canetada” para agir.

Durante a transição, Wladimir fazia parte da equipe responsável pela segurança de Lula, que se hospedou em um hotel no centro de Brasília. Relatórios da Polícia Federal apontam que o policial usava seu cargo para transmitir informações sensíveis ao grupo que supostamente planejava um golpe.

Após a diplomação de Lula, Wladimir teria compartilhado imagens e áudios relativos a um militar que integrava a equipe de segurança do presidente eleito. Em particular, ele buscou verificar se o segundo sargento reformado Misael Melo da Silva tinha ligações com o petista.

Misael teria se hospedado em um hotel próximo ao local onde Lula estava alojado e, segundo relatos, recusou-se a se identificar devido à natureza confidencial de sua missão. Cordeiro prometeu investigar se Misael pertencia ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), enquanto Wladimir enviou um áudio afirmando ter conseguido informações sobre o vínculo do sargento com Lula.

A situação tornou-se mais tensa após bolsonaristas acampados nas proximidades do Quartel-General do Exército tentarem invadir a sede da Polícia Federal, com o intuito de libertar à força Serere Xavante, líder indígena preso por atos antidemocráticos. Tais eventos resultaram em aumento das medidas de segurança em torno de Lula.

A investigação da Polícia Federal concluiu que Wladimir demonstrou disposição para colaborar com uma tentativa de ruptura institucional, alinhando-se subjetivamente às intenções golpistas. Documentos militares analisados no curso das investigações revelaram um plano que incluía assassinatos planejados contra figuras-chave como Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

O relatório final aponta que Wladimir agiu em consonância com uma organização criminosa ao fornecer informações críticas que poderiam facilitar ações subsequentes caso fosse decretado um golpe de Estado.

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  • Data: 19/11/2024 03:11
  • Alterado:19/11/2024 15:11
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  • Fonte: TNH1









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