Lula e Alckmin eram “Jeca” e “Joca” em plano golpista, revela PF
Operação Contragolpe prende cinco suspeitos.
- Data: 19/11/2024 14:11
- Alterado: 19/11/2024 14:11
- Autor: Redação
- Fonte: Metrópoles
Lula e Alckmin
Crédito:Marcelo Camargo - Agência Brasil
A Polícia Federal desvendou um alegado complô para assassinar o presidente e o vice-presidente eleitos na chapa vitoriosa das eleições de 2022. Em interceptações telefônicas, os agentes identificaram que os apelidos “Jeca” e “Joca” eram utilizados pelos membros do grupo criminoso para se referir aos então candidatos eleitos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), respectivamente.
Os codinomes empregados pelo grupo continham conotações depreciativas: “Jeca” é um termo pejorativo para designar indivíduos do meio rural, considerados caipiras ou de mau gosto; enquanto “Joca” sugere a ideia de alguém ingênuo ou pouco inteligente.
Na terça-feira, dia 19 de novembro, a Operação Contragolpe culminou na prisão de cinco integrantes da organização criminosa acusada de conspirar para impedir a posse de Lula e atentar contra o Poder Judiciário. Entre as ações planejadas estava a morte de Lula e Alckmin, além da tentativa de capturar e eliminar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que atualmente atua como relator do caso.
A operação cumpriu cinco mandados de prisão e outros três mandados de busca e apreensão, além de 15 medidas cautelares diversas da prisão. As investigações revelaram que o grupo acreditava que a eliminação dos líderes eleitos poderia desestabilizar a chapa vencedora, potencialmente colocando-a sob influência do PSDB, dependendo das interpretações da Lei Eleitoral ou das ações dos Três Poderes.
Especulava-se que, em caso de sucesso no atentado contra Lula, Alckmin assumiria a Presidência, levando a chapa para uma posição supostamente mais alinhada com o PSDB. O plano considerava ainda a saúde fragilizada do petista como um ponto vulnerável, cogitando envenenamento ou utilização de substâncias químicas para provocar um colapso orgânico.
O relatório da Polícia Federal destacou que apenas a eliminação do vice-presidente Alckmin poderia realmente extinguir a chapa eleita, pois ambos os cargos são indissociáveis. Além disso, surgiu um terceiro apelido nos diálogos interceptados: “Juca“, referido como uma figura influente nas decisões do futuro governo. A morte deste indivíduo teria como objetivo enfraquecer setores mais radicais da esquerda.
Todavia, as autoridades não conseguiram determinar quem seria esta figura-chave mencionada como “Juca”. As investigações prosseguem para elucidar todos os aspectos deste caso complexo.