Economia prevê salário mínimo de R$ 1.521 em 2025
Aumento impacta a vida dos brasileiros e o mercado financeiro
- Data: 18/11/2024 22:11
- Alterado: 18/11/2024 22:11
- Autor: Redação
- Fonte: G1
Crédito:Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O recente cenário econômico no Brasil sugere que o salário mínimo pode alcançar R$ 1.521 em 2025, de acordo com as mais recentes projeções da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Essa previsão, elaborada com base nas expectativas de inflação e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), ultrapassa o valor de R$ 1.509 apresentado na proposta orçamentária submetida ao Congresso Nacional em agosto.
Atualmente fixado em R$ 1.412, o salário mínimo poderá registrar um incremento de R$ 109, equivalente a uma elevação de 7,71%, caso as previsões se confirmem e os cálculos efetuados no dia 18 deste mês se mantenham precisos. Tal reajuste seria implementado a partir de janeiro de 2025, com seu primeiro pagamento programado para fevereiro.
A projeção de um aumento superior ao previamente estimado é sustentada por uma inflação ascendente, impulsionada por diversos fatores, incluindo questões climáticas adversas. O modelo de cálculo do reajuste incorpora dois elementos principais: a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos 12 meses até novembro, conforme estipulado pela Constituição; e o crescimento real do PIB dos dois anos anteriores, que para 2025 considera o PIB de 2023, que cresceu 2,9%.
Contudo, o valor definitivo do salário mínimo só será confirmado em dezembro deste ano, quando o INPC de novembro for divulgado.
Este ajuste salarial impacta diretamente cerca de 59,3 milhões de brasileiros, conforme relatório técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Além dos trabalhadores remunerados pelo mínimo, estão incluídos aposentados e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), todos dependentes desse índice como referência.
O impacto econômico vai além das finanças pessoais: um aumento no salário mínimo também repercute nas contas públicas. Isso se dá porque diversos benefícios previdenciários e assistenciais não podem ser inferiores ao mínimo estabelecido. Estima-se que cada R$ 1 adicionado ao salário mínimo gere uma despesa adicional de aproximadamente R$ 392 milhões em 2024. Portanto, um acréscimo projetado de R$ 107 para 2025 representaria um aumento de R$ 42,7 bilhões nas despesas obrigatórias do governo.
Essa elevação nos custos obrigatórios implica em uma redução dos recursos disponíveis para despesas discricionárias, potencialmente impactando as políticas públicas e programas federais prioritários.