Festival Afronta transforma Caixa Cultural em palco de cinema com 18 filmes imperdíveis

Evento acontece de 19 de novembro a 1 de dezembro

  • Data: 15/11/2024 15:11
  • Alterado: 15/11/2024 15:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil
Festival Afronta transforma Caixa Cultural em palco de cinema com 18 filmes imperdíveis

Cinema

Crédito:Renato Araujo/Agência Brasil

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No ano em que o Brasil celebra, pela primeira vez, o Dia da Consciência Negra como feriado nacional em 20 de novembro, a Caixa Cultural Rio de Janeiro sedia a estreia do Festival Afronta. O evento, organizado pela Preta Portê Filmes, ocorre de 19 de novembro a 1 de dezembro e conta com uma programação gratuita que inclui 18 filmes entre curtas, médias e longas-metragens, além de rodas de conversa.

O festival é um marco na discussão sobre a diversidade racial no cinema, destacando produções centradas na cinematografia negra. Entre os destaques está o documentário “Dahomey”, premiado com o Urso de Ouro no Festival de Berlim deste ano e apresentado na 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, mas ainda inédito para o público do Rio de Janeiro.

Juliana Vicente, curadora do evento, ressalta que a seleção dos filmes visa não apenas exibir narrativas de artistas e realizadores negros, mas também abordar questões cruciais sobre a experiência negra globalmente. “Procuramos obras que oferecem diversas perspectivas e estilos, abrangendo desde produções independentes até aquelas mais reconhecidas. Consideramos também as inovações nas formas de produção e distribuição”, comenta.

“Dahomey”, a única produção internacional do festival, dirigida pela cineasta franco-senegalesa Mati Diop, examina o apagamento cultural imposto por potências europeias em territórios africanos. O documentário narra a devolução de relíquias africanas retiradas pelas tropas francesas em 1892 e exibidas no Museu do Quai Branly, em Paris, para seu local original, na atual República do Benin. A sessão de exibição no dia 23 será seguida por um debate com as curadoras Juliana Vicente e Diana Silva Costa.

Entre os documentários nacionais, destacam-se “Othelo, o Grande”, de Lucas H. Rossi, e “Diálogos com Ruth de Souza”, também sob curadoria de Juliana Vicente. Essas produções celebram figuras emblemáticas do audiovisual brasileiro: Sebastião Bernardes de Souza Prata, conhecido como Grande Otelo, um dos maiores atores e comediantes do país; e Ruth de Souza, ícone da dramaturgia nacional e referência para inúmeras mulheres negras.

A programação inclui ainda filmes como “Black Rio Black Power”, que explora o movimento Black Rio e suas influências na música e política durante a redemocratização do Brasil; e “Racionais: das ruas de São Paulo pro Mundo”, que narra a trajetória do lendário grupo de rap homônimo.

Entre as ficções apresentadas está “Deixa”, dirigido por Mariana Jaspe. O filme conta com Zezé Motta no papel de Carmen e retrata seu dia na véspera da soltura do marido da prisão. A atuação rendeu a Zezé Motta o prêmio de melhor atriz no Festival Internacional de Cinema de João Pessoa.

Além disso, as séries documentais “Afrofluxo: O Som da Música Preta” e “Vidas que Transcendem”, ambas dirigidas por Luz Barbosa, complementam a programação. A primeira oferece uma visão abrangente sobre as raízes da música preta brasileira, enquanto a segunda explora as vidas de pessoas transgênero, travestis e não-binárias.

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  • Data: 15/11/2024 03:11
  • Alterado:15/11/2024 15:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil









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