Coletiva N’kinpa apresenta na Fundação CASA, em Santo André
A sessão ocorre no dia 19 de novembro, terça-feira, às 14h
- Data: 13/11/2024 14:11
- Alterado: 13/11/2024 14:11
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Kuenda Kalunga, Kuenda Njila
Crédito:Thiago Tiggaz
Em novembro, a N’Kinpa – Núcleo de Culturas Negras e Periféricas apresenta o espetáculo Kuenda Kalunga, Kuenda Njila – É Possível Gargalhar Depois da Travessia? para os jovens assistidos pela Fundação CASA Santo André II. A montagem – criada em processo colaborativo, com direção de Joice Jane Teixeira – é um espetáculo-brinquedo-performático e musical para todas as idades.
Em Santo André, a sessão ocorre no dia 19 de novembro, terça-feira, às 14h. Em São Paulo, a N’kinpa se apresenta na Fundação CASA Chiquinha Gonzaga (26/11, terça, às 10h) e Fundação CASA Rio Tâmisa (26/11, terça, às 14h). As sessões são restritas às instituições.
Inspirada nas culturas afrodiaspóricas, essa jornada da Coletiva N’kinpa convida as pessoas a brincarem, porque quem assiste também faz parte da magia. No centro do espaço-tempo, existem elementos encantados: tecido vermelho, corda de fitas, barcos com fotos e uma quartinha de fundamentos ancestrais, compondo a cenografia de um lugar no qual o presente e o passado se misturam. Na linha espiralar da Kalunga uma personagem enigmática, com seu caldeirão eletrônico musical, transforma sons e histórias em poesia, envolvendo jovens, crianças e adultos em um grande jogo no qual o que já aconteceu, muitas vezes, parece novo, e o novo tem um gostinho de história antiga. Juntos, brincantes e público vadeiam, dançam e gargalham enquanto cruzam essa travessia de encantamentos. “Preparem-se para entrar nessa roda e tentar responder: É Possível Gargalhar Depois da Travessia?”, desafiam e brincam os atores e as atrizes da N’kinpa.
Segundo a diretora Joice Jane Teixeira, “Kuenda Kalunga, Kuenda Njila: É Possível Gargalhar Depois da Travessia? é uma homenagem ao ‘povo da rua’ – Exus e Mpambu Njila: saberes e filosofias ancestrais que nos deram e nos dão as rotas de Vida nesse sistema de Morte em que o povo negro vive, e foi largado em sua própria sorte”. Trazendo as simbologias das ciências espirituais de matrizes afrodiaspóricas, o brinquedo-espetáculo tem como tema fundante a ‘guerra’ vivenciada constantemente pelos corpos negros nesse território chamado de Brasil. “Mas também, e sobretudo, traz as ‘rotas’ e as ‘dádivas’ que nos fizeram chegar até aqui para a continuidade do girar da roda…da Dikenga…da espiral do tempo-vida, pois, por mais que tentem nos apagar e nos aniquilar, sempre renasceremos nas rodas de capoeiras, nos jongos ou nos candombes. Sempre renasceremos em qualquer batida de tambor”, afirma a Coletiva N’kinpa.
O espetáculo foi concebido durante um ano de pesquisa e compartilhamento dos estudos cênicos e musicais da Coletiva com o corpo discente e docente e com a comunidade de duas escolas públicas municipais da cidade de São Paulo: EMEF Ana Maria Benetti e EMEI Cruz e Sousa. O processo criativo é parte conclusiva do projeto TERREIROS NÔMADES: Macamba Faz Mandinga – Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena, contemplado pela 41ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
Serviço
Espetáculo: Kuenda Kalunga, Kuenda Njila – É Possível Gargalhar Depois da Travessia?
Duração: 80 min. Classificação: Livre. Gênero: Musical Negro – Performance poética.
Apresentações restritas à Fundação.
19/11 – Terça, às 14h
Local: Fundação CASA Santo André II
Av. Dom Jorge de Oliveira, 193 – Vila Guiomar. Santo André/SP.
26/11 – Terça
10h – Local: Fundação CASA Chiquinha Gonzaga
R. Jupuruchita, 300 – Vila Prudente. São Paulo/SP.
14h – Local: Fundação CASA Rio Tâmisa
Rua Cel. Mursa, 270 – Brás. São Paulo/SP.