Alain Prost homenageia Ayrton Senna em nova campanha da Heineken e revela conexão especial com o lendário piloto brasileiro
Prost relembra rivalidade e amizade com Senna em homenagem da Heineken: um brinde ao legado do tricampeão, que continua unindo gerações de brasileiros
- Data: 01/11/2024 07:11
- Alterado: 01/11/2024 07:11
- Autor: Alex Faria
- Fonte: Heineken
Crédito:Divulgação
Alain Prost reflete sobre a rivalidade e amizade com Ayrton Senna: “Havia uma conexão especial”
Em 2024, completa-se três décadas desde a partida de Ayrton Senna, um ícone que transcendeu o esporte e continua a unir o povo brasileiro. Tricampeão mundial de Fórmula 1, Senna deixou um legado indelével que ainda ressoa entre seus admiradores. Para celebrar essa herança, a Heineken lançou uma homenagem global ao piloto, com uma campanha que convida o mundo a erguer um brinde em sua memória. Uma das surpresas da iniciativa é a participação de Alain Prost, célebre rival e amigo do brasileiro.
O francês, tetracampeão mundial, concedeu uma entrevista exclusiva durante as filmagens de “The Toast” (O Brinde), filme dedicado a honrar Senna. Ao relembrar a acirrada rivalidade nas pistas, Prost compartilhou momentos de sua relação com o piloto, destacando como eles se reconectaram após sua aposentadoria, pouco antes do trágico acidente que vitimou Senna.
Durante a entrevista, Prost refletiu sobre o impacto de Senna no Brasil e sua habilidade única de congregar os brasileiros em torno de um propósito comum. “Ayrton era um piloto e pessoa excepcionais”, afirmou Prost. “Ele trouxe muito ao povo brasileiro. Sempre que competíamos no Brasil, eu notava o apoio incondicional que ele recebia. Confesso que sentia uma ponta de inveja por ver um país inteiro torcendo por ele.”
Acompanhe a entrevista
Você e Senna foram protagonistas de uma das maiores rivalidades da Fórmula 1. Como era o relacionamento de vocês fora das pistas?
É uma pergunta difícil. Nosso relacionamento era muito, muito bom no começo, quando ele entrou na Fórmula 1. E então tivemos alguns anos juntos, especialmente em 1988 com a McLaren, e depois com equipes diferentes. Em 1989, tivemos uma discussão, um mal-entendido, e não nos falamos por alguns anos. Então foram cerca de 3 períodos. Depois que me aposentei em 1993, durante todo o inverno tivemos uma grande conexão. Lembro que a maioria das conversas que tivemos e essa relação me ajudaram a entendê-lo, sua personalidade e seu desejo de me vencer. Eu entendo, entendo muito. O relacionamento, a maneira como estávamos juntos era muito diferente dependendo do período.
Senna é o maior ídolo do Brasil. Por que você acha que ele tinha esse superpoder de unir todos os brasileiros?
Não estou surpreso. Ayrton era muito especial. Quando pessoas como eu, durante toda a minha carreira e depois, tinham companheiros de equipe, sabia como todos nós éramos, eu sempre colocava Ayrton de lado, porque ele era um piloto e uma pessoa especial. Ele trouxe muito para o povo brasileiro, eu percebo isso. Toda vez que íamos ao Brasil, quando brigávamos, eu podia ver que eu tinha um pouco de ciúmes de que ele tinha quase todo o país atrás dele. Isso não aconteceu comigo. Os brasileiros são grandes fãs, e obviamente a maneira como ele deixou o nosso mundo em 1994, eu posso entender que você tem que manter essa memória, essa conexão. Ele queria fazer muito, ele tinha feito muito pelas crianças, com o Instituto, as ideias que ele tinha para o futuro, é uma pena que não pudemos ver tudo. Ele foi capaz de fazer muito fora da Fórmula 1, e eu sinto que os brasileiros reconheceram e sabiam disso.
Sr. Prost, se você pudesse tomar uma última Heineken com Senna, o que diria a ele?
Eu adoraria. Esse era o plano. Estávamos conversando no final de 1993 e no início de 1994, tínhamos uma conexão, mais de uma ligação por semana. Estávamos falando sobre o presente, o futuro e o que aconteceu no passado, mas não muito. Com certeza, se pudéssemos compartilhar uma bebida, eu teria muitas perguntas, muitas conversas. Foi realmente diferente; tínhamos personalidades diferentes depois de dividir aquele último pódio em Adelaide em 93. Há muitas coisas que eu gostaria de perguntar e saber, porque ele era uma pessoa muito misteriosa. Ele não queria ser meu amigo enquanto estávamos correndo porque me disse que tinha medo de que isso tirasse um pouco de sua motivação. Depois que eu me aposentasse, poderíamos nos divertir novamente, eu acho.
Uma homenagem ao legado de Senna
Lançado em outubro como parte da campanha “Hoje e Sempre nos Unindo” da Heineken, o filme dirigido pelo renomado cineasta Armando Bo revisita momentos marcantes da carreira de Senna. A produção remonta ao icônico Grande Prêmio de Interlagos em 1991, quando Senna conquistou sua primeira vitória em casa. O filme captura a emoção das arquibancadas lotadas e o inesquecível momento em que o piloto ergueu o troféu com uma mão.
A iniciativa visa destacar como tanto Senna quanto a Heineken – patrocinadora global da Fórmula 1 – continuam unindo gerações de brasileiros através do gesto simbólico do brinde. Beatrice Jordão, diretora de comunicação e branding da Heineken no Brasil, comentou sobre a importância do tributo: “É uma honra exaltar Ayrton Senna, um dos maiores ídolos de todos os tempos. Esta é uma celebração do seu legado, vida e capacidade incomparável de unir as pessoas.”
O convite está aberto para que todos participem deste brinde em homenagem ao eterno campeão.
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