Mackenzie terá curso de medicina em Alphaville em 2025

Autorização do MEC é para abertura de 60 vagas na Grande SP; inscrições do vestibular começam na quinta (3)

  • Data: 02/10/2024 12:10
  • Alterado: 02/10/2024 12:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Laura Mattos/Folhapress
Mackenzie terá curso de medicina em Alphaville em 2025

Prédio da unidade de Alphaville do Mackenzie, onde será aberto o curso de medicina, em 2025

Crédito:Divulgação

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A Universidade Presbiteriana Mackenzie lançará, em 2025, o seu primeiro curso de graduação em medicina, que será na unidade de Alphaville, em Barueri (Grande São Paulo). A autorização do Ministério da Educação (MEC), para a abertura de 60 vagas, foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (26).

O vestibular para o novo curso será separado dos demais, segundo afirmou à Folha o reitor da universidade, Marco Tullio de Castro Vasconcelos. O edital com as informações sobre o processo seletivo será divulgado nesta quinta-feira (3), quando serão abertas as inscrições (custo de R$ 250). A primeira fase, com provas, acontece em 14 de novembro, e a segunda, de entrevistas, nos dias 28 e 29 do mesmo mês.

O reitor calcula que o vestibular receba entre 1.200 e 1.500 inscrições, o que daria uma concorrência de 20 a 25 candidatos por vaga. A mensalidade será de R$ 11 mil.

Vasconcelos diz que a graduação em medicina “era um sonho antigo” da universidade, que foi fundada há 52 anos e tem mais tradição nos cursos de engenharia e de direito.

Há dez anos, o Mackenzie tentou, sem sucesso, autorização do MEC para abrir o curso de medicina. Depois disso, durante um período de cinco anos, entre 2018 e 2023, o MEC interrompeu as autorizações para cursos e novas vagas de medicina.

O objetivo era controlar a qualidade da formação de médicos no país. No ano passado, no entanto, o ministro da educação, Camilo Santana, ao encerrar essa moratória, afirmou que a medida não havia sido bem-sucedida, porque, na prática, vários cursos tiveram de ser autorizados após decisões judiciais favoráveis às faculdades.

Desde então, ficou definido que os novos cursos de medicina deveriam seguir critérios do Programa Mais Médicos, que seleciona regiões carentes de profissionais da saúde para liberar a abertura de faculdades e também para ampliar o número de vagas das já existentes. Além disso, a faculdade tem de oferecer contrapartida para o SUS, bolsas de estudo para alunos e implementar programas de residência médica.

O Mackenzie está entre as instituições que entraram na Justiça a fim de obter autorização para submeter o projeto do novo curso de medicina ao MEC -o processo judicial teve início em 2022, e a universidade pleiteava a abertura de 120 vagas.

A portaria do MEC que liberou a abertura do curso -com 60 vagas e não 120- menciona que a autorização se dá em cumprimento de uma decisão judicial.

De acordo com o reitor, no entanto, o curso também já está adequado aos critérios do Programa Mais Médicos, especialmente pelo fato de estar sediado no município de Barueri, e não no de São Paulo, onde está o campus principal do Mackenzie (no bairro de Higienópolis, na região central da capital).

A portaria do MEC, inclusive, deixa claro que a autorização é válida exclusivamente para o endereço do Mackenzie de Alphaville, em Barueri.

A ênfase do reitor nessa adequação aos critérios do Mais Médicos se justifica especialmente porque, em junho, o Supremo Tribunal Federal validou a decisão de atrelar a abertura de cursos e vagas de medicina ao programa do governo federal.

“A localização atende a esse critério do MEC e também é estratégica para o Mackenzie, que quer expandir a oferta de cursos em Alphaville”, diz o reitor. “É uma região pujante de crescimento, com grandes conglomerados empresariais, além de condomínios residenciais, muitos deles lançados nos últimos anos”, afirma.

A universidade, de acordo com o reitor, já tem convênios assinados com quatro municípios da região, para parcerias entre a faculdade de medicina e o SUS -além de Barueri, há acordos com Santana do Parnaíba, Osasco e Carapicuíba. A ideia é que os alunos realizem estágios e residência médica na rede de saúde dessas cidades.

No campus de Alphaville, com cerca de 700 mil m2, há um colégio com cerca de 3.300 alunos do ensino infantil, fundamental e médio, além da parte universitária, com graduação de direito, administração, ciências da computação e sistemas de informação -são mais de 1.000 estudantes nesses cursos.

Para as instalações do curso de medicina, incluindo a ampliação do prédio, a construção de laboratórios e a compra de equipamentos, foram investidos aproximadamente R$ 42 milhões nos últimos dois anos, segundo o reitor.

No campus de Higienópolis já há o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, fundado em 2006, com os cursos de ciências biológicas, farmácia, fisioterapia, nutrição, gastronomia e psicologia. Por ora, não há planos de transferir essas graduações para Alphaville, mas novos cursos deverão ser abertos nessa unidade, além de medicina.

Em Curitiba, há um curso de medicina na Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (Fempar). Apesar de pertencer ao mesmo mantenedor, o Instituto Presbiteriano Mackenzie, a Fempar não está atrelada ao Mackenzie de São Paulo, que, além de Higienópolis e Alphaville, tem também o campus de Campinas (interior de SP).

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  • Data: 02/10/2024 12:10
  • Alterado:02/10/2024 12:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Laura Mattos/Folhapress









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