Debate tem tensão inicial, troca de ataques e discussão lateral sobre SP

Programa da Rede TV! e UOL desta terça (17) marca reencontro de candidatos após cadeirada de Datena em Marçal em encontro anterior

  • Data: 17/09/2024 13:09
  • Alterado: 17/09/2024 13:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Ana Luiza Albuquerque, Carolina Linhares, Isabella Menon, Marcos Hermanson, Artur Rodrigues, Carlos Petrocilo, Joelmir Tavares e Victória Cócolo/Folhapress
Debate tem tensão inicial, troca de ataques e discussão lateral sobre SP

Candidatos à Prefeitura de São Paulo mais bem posicionados na última pesquisa Datafolha, em ordem alfabética: Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB)

Crédito:Montagem ABCdoABC

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No primeiro debate após a agressão de José Luiz Datena (PSDB) a Pablo Marçal (PRTB) com uma banqueta, os ânimos seguiram exaltados -o programa da Rede TV! e do UOL, na manhã desta terça-feira (17), teve bate-boca, xingamentos e advertências aplicadas pela mediadora Amanda Klein.

Marçal, que está com o braço imobilizado após ter sido hospitalizado, afirmou que, ao lhe dar a cadeirada, Datena teve um “comportamento de orangotango” e que havia sofrido uma tentativa de homicídio. “Ele não é homem, é um agressor”, disse.

O tucano afirmou que não estava “nem um pouco feliz com o que aconteceu”, mas ponderou: “desde criança meu pai ensinou que eu tinha que honrar a mim mesmo e minha família até a morte”.

“O único jeito de falar com um bandido condenado, ladrão de velhinha virtual, é na Justiça. Você pode me provocar, eu não bato covarde duas vezes”, disse a Marçal.

Marçal chegou ao debate com tom agressivo. Na primeira pergunta que pôde fazer, se recusou a chamar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), para quem iria perguntar, pelo nome, chamando-o de “bananinha” ou de “futuro ex-prefeito”, o que rendeu uma bronca da apresentadora.

No primeiro bloco, Datena, Nunes, Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) se uniram contra Marçal, lamentando o episódio de violência no debate da TV Cultura no domingo (15) e o nível da disputa. Os adversários acusaram Marçal de ser agressivo e mentir, responsabilizando ele pelas baixarias.

“Estou muito decepcionado com a sua participação nesse processo eleitoral e digo isso com todo respeito. Você chegou só agredindo a todos”, disse Nunes a Marçal, acrescentando que o aconselhava como um pai.

“Quando a eleição passar, ninguém vai lembrar das polêmicas e gritarias do debate porque não dizem nada sobre os problemas que a cidade enfrenta”, afirmou Boulos. Em outro momento declarou: “Você ataca, mente e, depois, toma cadeirada”.

“Ele mente e ataca porque ganha dinheiro com isso”, afirmou Tabata, que disse não ter medo de Marçal e o acusou de tentar censurar posts dela contra ele.

Fugindo à inflamação habitual, Marçal chegou a pedir perdão a Tabata por tê-la acusado de ser responsável pelo suicídio do pai, mas a candidata não respondeu se o perdoava. “Eu realmente fui injusto com a Tabata, eu passei do limite”, disse ele.

Em reação a ter sido alvo dos demais, Marçal voltou a dizer que os adversários representam um “consórcio comunista”.

Logo nos primeiros minutos, Marçal e Nunes protagonizaram um bate-boca, que seguiu fora dos microfones e lhes rendeu uma advertência cada. Segundo as regras do debate, a segunda advertência levaria à expulsão do candidato do bloco e a terceira, à expulsão do debate.

O influenciador havia dito que o prefeito agrediu sua mulher, que registrou um BO contra ele por ameaça em 2011. Nunes afirmou que nunca levantou um dedo para a esposa.

O prefeito afirmou que Marçal usa “a forma da malandragem de cadeia”, enquanto o influenciador rebateu declarando que Nunes seria “preso por tocar na merenda das crianças”.

Boulos, por sua vez, aproveitou o descontrole de Nunes para compará-lo a Marçal. “A gente viu o Ricardo Nunes querer começar o debate como pai de Marçal, terminou como irmão mais novo.”

O tom geral do programa, no entanto, foi de enfrentamento. Outras polêmicas e acusações também foram trazidas à tona -Marçal acusou Nunes pela máfia das creches; o prefeito lembrou a condenação do influenciador por participar de uma quadrilha de fraudes; Datena cobrou Nunes pela infiltração do PCC no transporte público; o prefeito acusou Boulos de ser a favor das drogas; Marçal explorou a pecha de invasor do deputado do PSOL; Boulos questionou Nunes sobre a fila de exames; Marina Helena (Novo) disse que Tabata usa jatinhos para visitar o namorado; e Datena perguntou à candidata do Novo se atacar as instituições não seria ruim para a democracia.

Os candidatos negaram as acusações e usaram diversos direitos de resposta para explicar as polêmicas.
A respeito de usar jatinhos para visitar o prefeito do Recife, João Campos (PSB), Tabata afirmou que Marina Helena delirava e que iria processá-la.

Marçal usou o tema das mulheres para mirar ao mesmo tempo em Datena e Nunes, acusando o primeiro de ser suspeito de agressão sexual e o segundo de violência doméstica. Foi essa acusação contra o tucano que o levou a agredir Marçal.

No debate da TV Cultura, Datena diz que a revelação deste caso deixou a saúde de sua sogra ainda mais debilitada e partiu com a banqueta para cima do influenciador.

Datena foi denunciado por assédio sexual pela jornalista Bruna Drews, mas o caso foi arquivado após prescrição. Em 2019, Bruna, então repórter do programa Brasil Urgente, disse ter sido assediada pelo jornalista.

“Cadeirada quem levou fui eu. Ter sido acusado de crime de hediondo que foi arquivado”, disse Datena, acusando Marçal de fazer cena em relação ao trauma na costela. “A cena que esse covarde fez para se internar no Sírio [Hospital Sírio-Libanês] deveria ter sido internado no oitavo andar, que é a ala psiquiátrica.”

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  • Data: 17/09/2024 01:09
  • Alterado:17/09/2024 13:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Ana Luiza Albuquerque, Carolina Linhares, Isabella Menon, Marcos Hermanson, Artur Rodrigues, Carlos Petrocilo, Joelmir Tavares e Victória Cócolo/Folhapress









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