Cerveja e sua relação com o colesterol
Estudos comprovam que o consumo de 350 ml por dia, promove aumento na concentração de HDL (colesterol bom) no sangue e consequentemente melhora na proteção cardiovascular
- Data: 21/08/2013 16:08
- Alterado: 21/08/2013 16:08
- Autor: Redação
- Fonte: IN PRESS
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Um grande problema de saúde pública no Brasil e no mundo são as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Para entender melhor, essas doenças estão estritamente ligadas a diversos fatores como idade, sexo, e também é claro, aos hábitos, tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade¹. Essas doenças impactam na saúde física, mas também na qualidade de vida das pessoas.
Uma das estratégias na tentativa de preveni-las consiste em seguir uma alimentação balanceada e a mais variada possível, rica em hortaliças, frutas e cereais integrais, entre outros.
O ponto chave para uma alimentação com este perfil não consiste em proibir ou restringir quaisquer alimentos ou grupos de alimentos, mas sim em respeitar as necessidades e estilos de vida de cada um. A tão almejada alimentação saudável não precisa ser sinônimo de monotonia e pode englobar uma série de alimentos que muitos acreditavam não serem recomendáveis.
Nesse contexto, até mesmo a apreciada cerveja tem o seu espaço. Há pesquisas mostram que se consumida de forma moderada, esta bebida de baixo teor alcoólico pode trazer alguns benefícios à saúde, dentre eles, promover um aumento na concentração de HDL no sangue – o conhecido “colesterol bom”. O HDL ou lipoproteína de alta densidade transporta o excesso de colesterol das artérias de volta para o fígado, onde é novamente metabolizado, retardando ou inibindo a formação de placas. Por isto, seus índices elevados (=60mg/dL) estão associados a menor incidência de doenças cardiovasculares.
Um estudo de meta-análise conduzido por pesquisadores do Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard avaliou os efeitos do consumo moderado de diversas bebidas alcoólicas, dentre elas a cerveja, nos níveis de HDL-colesterol.
Os resultados mostraram que após a ingestão diária, feita durante quatro semanas, de aproximadamente 30g de etanol (equivalente a duas latas de cerveja de 350 ml) houve aumento significativo na concentração plasmática de HDL7.
Somado a estes resultados, pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona analisaram mais de 4 mil indivíduos por meio de questionários e análises clínicas, com o objetivo de determinar a associação entre fatores de risco cardiovascular ao consumo e tipo de bebida alcoólica, mais notadamente vinho e cerveja. Os resultados confirmaram a relação de proteção cardiovascular com o consumo moderado destas bebidas, decorrente de uma soma de efeitos positivos, sendo, segundo os autores, o aumento de HDL o mais importante deles.
Indo mais a fundo, um estudo realizado em animais suplementados com cerveja com diferentes percentuais alcoólicos, revelou que aqueles que receberam cerveja regular (3 a 8% etanol) em quantidade moderada apresentaram aumento nos níveis de HDL plasmático superior aos demais grupos. Além disto, apesar do grupo suplementado com cerveja sem álcool não ter apresentado incremento no nível de HDL, foi observada uma melhora na capacidade antioxidante destas partículas.
Sabendo disto, desde que consumida com moderação, a cerveja torna-se mais uma aliada da alimentação na manutenção de níveis saudáveis de colesterol, refletindo na saúde do coração como um todo.