Festa Junina no Centro Pop alegra população em situação de rua
Atividade integra projeto da Prefeitura de ressocialização deste público e contou com decoração, música ao vivo e comidas típicas
- Data: 14/06/2024 20:06
- Alterado: 14/06/2024 20:06
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Secom/PMD
Crédito:Mauro Pedroso/PMD
Nesta sexta-feira (14), o Centro Pop – Centro de Referência à População em Situação de Rua, ligado à Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SASC), organizou mais uma vez sua já tradicional festa junina, com apoio da Prefeitura e da Associação Cristina Helena dos Santos. O evento contou com decoração e comidinhas típicas, música ao vivo e muita contribuição e participação dos próprios pop rua.
“Esta festa é deles e pra eles,” confirmou a coordenadora do Centro Pop, a assistente social Elaine Cristina dos Santos. “Recebemos algumas doações e organizamos esta festa para que os frequentadores do centro possam interagir entre si e isso contribui para o nosso projeto de ressocialização dessas pessoas. Muitos estão há bastante tempo em situação de rua e perdem esse tipo de vínculo, de forma que eventos desse tipo ajudam na reinserção social.”
“Esta festa é deles e pra eles,” confirmou a coordenadora do Centro Pop, a assistente social Elaine Cristina dos Santos. “Recebemos algumas doações e organizamos esta festa para que os frequentadores do centro possam interagir entre si e isso contribui para o nosso projeto de ressocialização dessas pessoas. Muitos estão há bastante tempo em situação de rua e perdem esse tipo de vínculo, de forma que eventos desse tipo ajudam na reinserção social.”
Germânia Simões, 57, vive há cerca de 10 anos em situação de rua. Segundo ela, é difícil participar de festas juninas fora dali. “Em todo esse tempo de rua, é a primeira vez que venho em uma. E eu gosto, foi bem bacana o que a Prefeitura fez aqui pra gente.” Germânia, que é trans, diz sofrer preconceito duas vezes nas ruas: Por conta de sua sexualidade e por estar em situação de rua. “A sociedade não nos enxerga. E, quando vê, infelizmente alguns veem com maus olhos,” desabafou. Ela preferiu não tirar foto.
Apoio da sociedade
Quem tem sempre um olhar carinhoso para esta população é Tânia da Paixão, do Campanário, que estava lá para entregar a doação de comidas típicas e refrigerantes da Associação Cristina Helena dos Santos, que mantém vários projetos culturais e esportivos na zona Norte de Diadema. “Este é o terceiro ano que estamos ajudando e trouxemos cachorro-quente, arroz-doce, pipoca, bolo de fubá, guaraná, docinhos, tudo com muito carinho,” contou ela. “E fazemos isso porque dar amor é muito bom. O olhar deles, o carinho com que eles me recebem, não tem preço. E no Natal a gente volta!”
“Aqui eles celebram como se estivessem em família, algo que não sentem há muitos anos,” explicou João Batista Araújo, coordenadora do Movimento Nacional de População de Rua. “É uma forma deles não se sentirem esquecidos, excluídos ou desrespeitados pela condição social que no momento se encontram. Pelo contrário, é um momento feliz.”
“E é a partir daqui que eles podem se reintegrar à sociedade e voltar a frequentar as diversas atividades ao ar livre que acontecem neste período. É sobre voltar a se sentir parte da cidade,” concluiu a coordenadora Elai