Promotora denuncia e pede prisão preventiva de dono do Porsche por homicídio doloso qualificado
Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, também é acusado de lesão corporal gravíssima e pode pegar pena superior a 30 anos se condenado
- Data: 29/04/2024 12:04
- Alterado: 29/04/2024 12:04
- Autor: Redação
- Fonte: Estadão Conteúdo
Porsche azul ficou com dianteira destruída após colisão com Sandero na avenida Salim Maluf, em São Paulo Porsche ficou com dianteira destruída após colisão com Sandero na avenida Salim Maluf, em São Paulo, na madrugada de 31 de março; motorista de aplicativo morreu
Crédito:Policia Civil SP/Divulgação
O Ministério Público de São Paulo denunciou nesta segunda-feira, 29, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, por crimes de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima em razão do acidente que ocorreu no último dia 31, quando o acusado dirigia um Porsche na Avenida Salim Farah Maluf na zona leste de São Paulo.
A acusação é subscrita pela promotora Monique Ratton, que defendeu a prisão preventiva do empresário para evitar que ele influencie testemunhas. A Promotoria diz que o acusado já adotou tal conduta durante as investigações. Os crimes imputados a Sastre têm penas que variam de 12 a 30 anos de reclusão.
Segundo a denúncia, Sastre ingeriu álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir e “optou por assumir o risco” de um eventual acidente, considerando que a namorada e um casal de amigos tentaram dissuadi-lo de pegar o carro. A acusação aponta que o empresário dirigia a 150 km/h na avenida da zona leste de São Paulo.
O acidente levou à morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. Ele dirigia a Sandero que foi atingida pela Porsche de Sastre. O amigo de Fernando, que estava no banco de carona, ficou dez dias na UTI, com perda de órgão, indicou ainda a Promotoria.
O Ministério Público de São Paulo também pediu à Justiça o compartilhamento das provas com a Promotoria da Justiça Militar para que apure eventuais crimes supostamente cometidos pelos policiais militares que autorizaram que Sastre deixasse o local do crime na noite da colisão.
O inquérito sobre o acidente foi concluído pela Polícia Civil na semana passada, com um terceiro pedido de prisão do empresário. Ao longo das investigações, os agentes pediram outras duas vezes a detenção do empresário acusado, mas as solicitações foram negadas pela Justiça.
A reportagem busca contato com os advogados do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho. O espaço está aberto para manifestações.