Diadema tem maior cobertura vacinal da região em crianças até um ano de idade

A imunização é uma das mais eficazes políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) para proteção de doenças imunopreveníveis. E Diadema tem muito a comemorar: o município foi o único da região do Grande ABC a atingir as metas preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS) para BCG e Hepatite B (igual ou mais de 90%), VIP, Penta, Pneumo 10, Meningo C (2ª dose) e SCR (1ªdose) (igual ou mais de 95%). Os dados são referentes a 2023 e foram apresentados em reunião recente do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) – VII Santo André, no final de março deste ano.

De acordo os dados oficiais, Diadema conquistou 98,18% na aplicação de doses de BCG – que protege contra formas graves de tuberculose – e 92,86% de Hepatite B. Ambas são administradas ao nascer e estão além da cobertura regional de 75,72% e 61,48%, respectivamente.

Já a cobertura para menores de um ano também foi alta para imunizantes como hepatite B (96,07%); DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche (96,1%); pólio injetável (96,64%); pneumo 10 (98,77%); penta, que imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite e Haemophilus influenzae tipo b (96,07%) e rotavírus (96,5%).

Seguir rigorosamente o calendário vacinal e manter a carteira de vacinação atualizada é importante em todas as idades, não só para se proteger de doenças que são facilmente evitáveis, mas também para prevenir aquelas que são consideradas graves e que podem levar à internação e até mesmo ao óbito. “A imunização em massa da população é a forma mais eficaz de controlar e, possivelmente, erradicar doenças transmissíveis”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Diadema, Selina Guilhen Freitas dos Santos.

“O calendário oficial de vacinas tem como objetivo planejar todas as imunizações necessárias para doenças graves, desde os primeiros dias de vida até a fase adulta. Entretanto, as principais vacinas são oferecidas ainda na infância”, completa Selina.

Na faixa etária de um ano o índice foi acima de 90% para a maioria das vacinas: hepatite A infantil 96,48%; pólio oral bivalente (95,58%); tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, (98,68% para primeira dose e 90,16% para a segunda dose), além do primeiro reforço de DTP (94,63%); e de meningo C (94,18%).

A imunização contra a varicela atingiu 86,99% de cobertura vacinal, bem acima da região, que ficou em 77,45%. Outra índice positivo foi a de dTpa adulto, ultrapassando 106,41% de cobertura. De acordo com a SMS, o percentual acima de 100% pode ser explicado por um número maior de pessoas vacinadas (moradores ou não de Diadema).

O secretário municipal de Saúde, José Antônio da Silva, comemorou a cobertura vacinal de 2023. “Esse resultado é fruto de um trabalho coletivo de todos os trabalhadores da Saúde, que estão atuando na busca ativa, principalmente com o Carro da Vacina, e na sensibilização da população, em meio à desinformação e notícias falsas sobre vacinas”, reforçou.

“Podemos ter uma percepção equivocada da inexistência ou desaparecimento das doenças prevenidas por vacinas. Paradoxalmente, essa sensação é fruto exatamente da eficácia dos imunizantes”, relata Selina. “A cobertura vacinal ainda subsidia as ações para identificação de áreas de risco em razão da presença de supostos suscetíveis, caracterizando tendências e/ou situações que possam merecer intervenções”, completou.

Estrutura

Todas as 20 Unidades Básicas de Saúde contam com sala de vacina para aplicação de doses do calendário oficial e orientação. Para se vacinar é preciso levar carteirinha de vacinação, documento com foto e, se possível, o cartão SUS. Crianças devem estar acompanhadas de um dos pais ou responsáveis.