Morcego infectado com vírus da raiva é identificado na Lapa, em SP
É o quarto morcego identificado com o vírus da Raiva na cidade de São Paulo este ano; em todo 2023, apenas três haviam sido registrados
- Data: 03/04/2024 19:04
- Alterado: 03/04/2024 19:04
Crédito:Divulgação
A Secretaria Municipal da Saúde divulgou nesta quarta-feira, 3, a identificação de um morcego infectado com o vírus da raiva na Lapa, zona oeste de São Paulo. Esse é o quarto caso registrado em morcegos na cidade neste ano. Butantã, Santo Amaro e Santana também apresentaram um caso cada entre fevereiro e março, de acordo com dados da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).
O número já ultrapassa o total registrado em 2023, quando três morcegos infectados foram localizados na cidade.
A raiva é uma zoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa, transmitida por um vírus mortal tanto para o homem como para o animal. Ela envolve o sistema nervoso central, podendo levar ao óbito após curta evolução.
Transmissão e ciclos da Raiva
A transmissão ocorre quando os vírus existentes na saliva do animal infectado penetram no organismo através da pele ou de mucosas, por meio de mordidas, arranhões ou lambidas. Segundo a secretaria, a raiva apresenta três ciclos de transmissão:
- Urbano: representado principalmente por cães e gatos;
- Rural: representado por animais de produção, como: bovinos, equinos, suínos, caprinos;
- Silvestre: representado por raposas, guaxinins, primatas e, principalmente, morcegos.
Orientações à população com distribuição de folhetos informativos e instrução para tutores de animais domésticos sobre medidas preventivas contra a raiva já estão sendo aplicadas na cidade, segundo a Prefeitura.
Até momento não foram identificados casos secundários relativos ao morcego localizado na Lapa ou a animais domésticos.
Entre as principais orientações da pasta estão a comunicação com a Vigilância em Zoonoses por meio do Portal SP 156, em casos onde morcegos forem encontrados caídos em via pública ou durante o dia, em hora e locais não habituais.
Nessa situações, é feita uma vistoria no local indicado, coleta do animal e encaminhamento para análise laboratorial para o diagnóstico da raiva nos laboratórios da Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ).
A Secretaria também orienta a procura imediata por atendimento médico em casos de acidentes. Qualquer unidade de saúde pode realizar o primeiro atendimento com avaliação e análise de critérios de risco. Nos casos com indicação de tratamento, com vacina ou soro, o médico fará o encaminhamento para uma das unidades de referência que fazem a aplicação.