Polícia de SP desmantela quadrilhas especializadas em roubo de medicamentos
Grupo criminoso agia em farmácias e depois vendia os remédios de alto custo na internet
- Data: 18/03/2024 14:03
- Alterado: 18/03/2024 14:03
- Autor: Redação
- Fonte: SSP
Crédito:SSP
A Polícia Civil de São Paulo já desmantelou, desde janeiro deste ano, pelo menos três quadrilhas especializadas em roubos de remédios de alto custo em farmácias. Os grupos criminosos costumavam roubar medicamentos de alto custo, que variam de R$ 500 a R$ 1 mil, para comercializar na internet.
Segundo o delegado Pedro Ivo dos Santos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), responsável pelas investigações, essas quadrilhas eram das zonas norte, sul e centro da cidade de São Paulo. Ele ressaltou, inclusive, que os criminosos que mataram o policial militar Anderson Valentim, de 46 anos, e sua filha, Alycia Perroni Valentim, de 19, no mês passado, integravam uma dessas quadrilhas.
“O sucesso dessas investigações se dá ao empenho das equipes e aos investigadores que têm ‘expertise’ no assunto. Os procedimentos para chegar até esses criminosos não são simples. Utilizamos equipamentos, como visão noturna e drones, para o monitorá-los, além do cruzamento de informações que nos ajudaram a chegar até eles”, afirmou.
Na última ação realizada para desmantelar essas quadrilhas, a Polícia Civil conseguiu prender em flagrante cinco criminosos, entre 21 e 34 anos, em um imóvel em Guarulhos, na Grande São Paulo, no sábado (16). Para chegar até os suspeitos, policiais do Grupo Especial de Reação (GER) realizaram campana em uma mata e se posicionaram atrás da casa para evitar a fuga dos envolvidos.
O delegado destacou ainda que quando os receptadores começaram a ser presos durante os trabalhos de investigação, causou um “alvoroço” nas quadrilhas. “Quando prendemos o primeiro, os demais envolvidos começaram a fugir, um foi para o nordeste e outros para demais regiões”, relatou.
Apesar do sucesso com o desmanche dessas organizações criminosas, a investigação ainda não acabou “porque mais prisões precisam acontecer”, completou.
Como as investigações começaram?
Ainda conforme o delegado do Deic, as investigações começaram após um investigador levantar a hipótese de que um ladrão, detido no fim janeiro, estaria envolvido em assaltos a farmácias. Um inquérito foi instaurado e constatou-se que o homem já tinha roubado vários desses estabelecimentos, sendo que ele chegou a roubar nove vezes uma mesma farmácia.
Com as informações, as equipes centralizaram esforços para derrubar o que, inicialmente, seria uma quadrilha. Com o decorrer das apurações, os agentes descobriram que havia outras e que os envolvidos vendiam os medicamentos roubados na internet.
“Fomos monitorando, conseguimos mandados de busca, pedimos prisões, até chegar em cada envolvido”, finalizou o delegado.