São Paulo Companhia de Dança apresenta programação para março
Durante o mês, a Companhia leva seu repertório em apresentações na capital e no interior paulista
- Data: 06/03/2024 14:03
- Alterado: 06/03/2024 14:03
- Autor: Redação
- Fonte: Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo
Crédito:Cena de Umbó, de Leilane Teles – Crédito Iari Davies | Cena de Casa Flutuante, de Beatriz Hack – Crédito Iari Davies | Cena de Pas de Six de Napoli, por Lars Van Cauwenbergh – Crédito Iari Davies | Cena de Veias Abertas, de Poliane Fogaça – Crédito Samira Dantas
A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa – apresenta sua programação para o mês de março, com espetáculos na capital e interior. O cronograma começa no dia 16, em parceria com o SESC, em Osasco. Já nos dias 21 e 22, é a vez da cidade de Barueri. Para encerrar o mês, no dia 28, a Companhia vai até a Fábrica de Cultura do Itaim Paulista, na zona leste da capital.
Confira abaixo os detalhes.
16/3 – 20h30 | Osasco
No dia 16 de março, às 20h30 – em parceria com o Sesc – a SPCD sobe ao palco do Teatro Municipal Glória Giglio, com a obra Umbó, de Leilane Teles. Essa será a segunda vez que a Companhia se apresenta em Osasco. A abertura será feita pela Cia Dentro Nós com o espetáculo “Sagrado Seja o Caos”. A venda dos ingressos – R$30,00 (inteira); R$15,00 (meia); R$10,00 (Credencial Plena) – acontece pelo link (https://www.sescsp.org.br/?post_type=sesc-eventos&p=603662&preview=true) ou presencial nas bilheterias da Rede Sesc.
21 e 22/3 – 20h | Barueri
Nos dias 21 e 22 de março, às 20h, a SPCD realiza – pela quinta vez em sua história – apresentações gratuitas no Teatro Barueri Praça das Artes. A atividades faz parte das ações que celebram os 75 anos da cidade ao longo de todo o mês. No repertório, Casa Flutuante, de Beatriz Hack, o Pas de Six de Napoli, por Lars Van Cauwenbergh, e Veias Abertas, de Poliane Fogaça.
Os ingressos serão distribuídos na bilheteria do teatro, com 1h de antecedência.
28/3 – 14h | Fábrica de Cultura Itaim Paulista
Por fim, no dia 28 de março, às 14h, a Companhia prepara apresentação gratuita na Fábrica de Cultura – Itaim Paulista. A abertura fica por conta da São Paulo Escola de Dança, e o repertório será o mesmo de Barueri, com Casa Flutuante, de Beatriz Hack, o Pas de Six de Napoli, por Lars Van Cauwenbergh, e Veias Abertas, de Poliane Fogaça.
Os ingressos serão distribuídos na bilheteria do teatro, com 1h de antecedência.
Sobre as Obras
Para conceber Umbó, Leilane Teles se baseia em uma premissa batizada por ela como “a criação do desejo”, que fala sobre o desejo de se tornar quem se quer ser a partir de determinada referência e como isso reverbera no corpo de cada um. Nesse sentido, o ato de ser inspirado também produz inspiração, gerando um ciclo infinito. O cantor e compositor Tiganá Santana, a cantora Virginia Rodrigues e o coreógrafo Matias Santiago são o ponto de partida de Umbó, que convida o público a apreciar e reverenciar as artes e trajetórias dessas personalidades, bem como os bailarinos em cena e todos os artistas envolvidos na concepção da obra.
Casa Flutuante, primeira criação de Beatriz Hack para a São Paulo Companhia de Dança, revela diferentes conceitos de “casa” e suas impermanências, na cena. Conduzidos por uma trilha sonora eclética, o elenco flutua entre os movimentos propostos pela coreógrafa e desenvolvidos a partir da experiência pessoal de cada um. Os movimentos individuais e de grupo exploram as relações humanas e interpessoais. Vivemos um momento de fluxo contínuo de informações, sem tempo para reflexões sobre a profundidade da nossa existência. Para isso, é preciso aterrarmos, voltarmos para casa – seja ela um espaço físico, o corpo humano ou o planeta Terra”, reflete Beatriz.
Já Napoli (1842), de Lars Van Cauwenbergh para a São Paulo Companhia de Dança, traz para a cena o Pas de Six, que compõe o terceiro ato da coreografia quando acontece o casamento de Teresina, uma bela moça disputada na cidade, e Gennaro, um jovem pescador por quem ela é apaixonada. A obra é um balé de três atos, com coreografia original de August Bournonville (1805-1879) que foi criada para o Royal Ballet da Dinamarca. “Este é um balé enérgico, repleto de pequenos saltos e movimentos vigorosos. Eu mesmo dancei muitas vezes durante minha carreira e me sinto muito feliz em remontar para a São Paulo Companhia de Dança”, conta o coreógrafo.
Por fim, inspirada livremente na obra literária: “As veias Abertas da América Latina”, do escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015) e embalada pelas canções da cantora argentina Mercedes Sosa (1935-2009), Veias Abertas, de Poliane Fogaça, propõe o encontro desses dois grandes artistas que em comum, contaram as histórias dos povos latino-americanos. Galeano nos diz que “o futuro sempre precisa ser reinventado”, enquanto Mercedes dizia “que é preciso dar voz aos que não têm voz”. A obra revela aspectos sociais – como a fome, a falta de oportunidade, a luta contra a repressão – e a resiliência, o amor pelo próximo e a noção de unidade entre os povos.
FICHAS TÉCNICAS:
Umbó (2021)
Coreografia: Leilane Teles
Música: Muloloki e Para a Poetisa Íntima, de Tiganá Santana e Nzambi Kakala Ye Bikamazu e Mama Kalunga, de Tiganá Santana na voz de Virgínia Rodrigues
Iluminação: Gabriele Souza
Figurinos: Teresa Abreu
Assistência de Figurino: Priscilla Bastos
Duração: 20 minutos
Casa Flutuante (2024)
Coreografia: Beatriz Hack
Músicas: Boi nº1, Foli Griô Orquestra com Cacau Amaral; Nordavindens Klagesang, de Vàli; Giardini Di Boboli, de Manos Milonakis feat. Jacob David e Grégoire Blanc; Encruzilhada, de Tulio; e Marie, de Cristobal Tapia De Veer – mixagem por Renan Lemos
Figurinos: Balletto
Duração: 14 minutos e 44 segundos
Pas de Six de Napoli (2024)
Remontagem: Lars Van Cauwenbergh, a partir da obra de August Bournonville (1805-1879)
Música: Napoli: 3 akt.: no2; Damer (2, 3, 4); Herresolo (1, 2, 3); Damesolo (1, 2, 3, 4); Coda; by Edvard Helsted (1816-1900), Holger Simon Paulli (1810-1891) – versão executada pela Aalborg Symphony Orchestra
Figurinos: Fábio Namatame
Duração: 14 minutos e 28 segundos
Veias Abertas (2023)
Essa obra integrou o projeto Ensejos, uma parceria com o Centro Cultural São Paulo, que tem curadoria de dança de Mark Van Loo e direção geral de Rodolfo Beltrão.
Coreografia: Poliane Fogaça
Música: “Canción para um Niño em la calle,” de Algel Ritro, Armando Tejada, René Pérez; “Afonsina Y El mar”, de Ariel Ramírez, Feliz Cezar Luna, “Razón de Vivir”, de Victor Heredia e “Canción Con Todos”, de Armando Teijada Gomez, Cézar Isella
Iluminação: Caetano Vilela
Figurinos: Cláudia Schapira
Duração: 15 minutos
SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 980 mil pessoas em 18 diferentes países, passando por cerca de 160 cidades em mais de 1.100 apresentações e acumulando mais de 50 prêmios e indicações nacionais e internacionais. Por meio do selo #SPCDdigital criado em 2020, já realizou mais de 50 espetáculos virtuais e streamings de apresentações que somam mais de 1 milhão de visualizações. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: as Atividades Educativas e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.
DIREÇÃO ARTÍSTICA E EDUCACIONAL | INÊS BOGÉA é doutora em Artes, bailarina, documentarista, escritora, professora nos cursos de especialização Arte na Educação da Universidade de São Paulo e Pós-Graduação em Linguagem e Poética da Dança da Universidade Regional de Blumenau. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo. Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo (2001-2007) e integrou o júri técnico do quadro Dança dos Famosos do programa Domingão do Faustão (2016-2021). É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança. Desde 2022 é também diretora artística e educacional da São Paulo Escola de Dança.