São Paulo chega a 20 mil casos de dengue; 200 têm sinais de alarme e gravidade
O número representa pouco mais de um quinto (21,6%) do total de registros no estado de São Paulo (92.615) nesse período.
- Data: 24/02/2024 16:02
- Alterado: 24/02/2024 16:02
- Autor: Redação
- Fonte: FolhaPress/Cláudia Coluccii
Crédito:Reprodução
A cidade de São Paulo atingiu 20.036 casos confirmados de dengue desde o início deste ano, segundo dados atualizados neste sábado (24) pelo painel de monitoramento da SES (Secretaria de Estado da Saúde).
O número representa pouco mais de um quinto (21,6%) do total de registros no estado de São Paulo (92.615) nesse período. É também mais de seis vezes superior do que a soma de casos dos últimos cinco anos (3.072) no município.
Em todo território paulista, já são 17 mortes confirmadas pela doença e outras 90 em investigação. A capital segue com uma morte confirmada e 19 sendo investigadas.
Na capital, os casos de dengue com sinais de alarme e graves representam 1%, em média do total de casos confirmados (200). No estado, o percentual está um pouco acima, em 1,58% (1.460).
Dengue com sinal de alarme são situações em que, mesmo após o fim da febre, os pacientes continuam a apresentar dor abdominal, vômito ou sangramento de mucosas.
Já na dengue grave, os pacientes apresentam deficiência respiratória, sangramento grave ou comprometimento grave de órgãos.
A maioria dos óbitos no estado (cinco) ocorreu em municípios da região de Taubaté. Em seguida, aparecem os da região de Bauru e da Grande São Paulo, com três, da região de Marília, com dois.
As regiões de São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Franca e de Barretos registram, cada uma, uma morte.
Ao menos 11 cidades paulistas decretaram situação de emergência devido ao aumento dos casos de dengue. São eles: Registro, Iepê, Marília, Botucatu, Jacareí, Pindamonhangaba, Pederneiras, Bariri, Guararema, Suzano e Taubaté.
Segundo a SES, o governo paulista repassou R$ 205 milhões para os 645 municípios paulistas combaterem as arboviroses, entre as quais, a dengue.
A secretaria também informou que o Exército passará a trabalhar em conjunto com a Defesa Civil para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Ainda não informou, porém, qual o efetivo de militares e em quais municípios eles devem atuar.
No Brasil, o Distrito Federal é a unidade da federação com a maior taxa de incidência de dengue e número de mortes pela doença.
A região tem 2.938 casos prováveis por 100 mil habitantes, além de 35 mortes confirmadas, segundo dados do Ministério da Saúde. O governo local, porém, contabiliza 38 mortes e afirma que outras 72 estão em investigação.
No total, o país soma 762.542 casos prováveis e 150 mortes, segundo atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses desta sexta-feira (23).
A pasta estima atingir 4,2 milhões de casos em 2024, no pior cenário para a doença, mas diz que ainda é incerto o período em que o Brasil atingirá o pico da circulação da dengue.