Secretário de Estado dos EUA anuncia viagem a Brasil e Argentina

Na reunião, marcada para o dia 20, o diplomata vai "enfatizar o apoio americano à presidência do Brasil do G20", de acordo com o Departamento de Estado.

  • Data: 16/02/2024 21:02
  • Alterado: 16/02/2024 21:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: FOLHAPRESS/Fernanda Perrin
Secretário de Estado dos EUA anuncia viagem a Brasil e Argentina

Crédito:REUTERS/Florion Goga

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O secretário de Estado americano, Antony Blinken, vai viajar ao Brasil e à Argentina entre os dias 20 e 23 de fevereiro. Em Brasília, ele tem um encontro previsto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na reunião, marcada para o dia 20, o diplomata vai “enfatizar o apoio americano à presidência do Brasil do G20”, de acordo com o Departamento de Estado. Outros temas na agenda são a parceria entre os dois países para direitos dos trabalhadores, lançada em Nova York no ano passado após bilateral entre Lula e Joe Biden às margens da Assembleia-Geral da ONU, a cooperação na área de transição para energia limpa, e a celebração do bicentenário das relações diplomáticas de EUA e Brasil.

A conversa deve tratar também do conflito em Gaza e da tensão na Venezuela, afirma o secretário-assistente do Departamento de Estado para o Hemisfério Ocidental, Brian Nichols.

“Nós acreditamos que o Brasil, que tem sido vocal na tentativa de encontrar uma forma de desescalonar o conflito [no Oriente Médio] e caminhos para ajuda, é um importante parceiro nesse esforço, e compartilhar nossas ideias e visões vai ser crucial na conversa entre o secretário Blinken, o presidente Lula e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira”, disse o diplomata.

Em relação à Venezuela, Nichols elogiou o papel do Brasil nas tensões recentes entre o regime de Nicolás Maduro e a Guiana em relação à região de Essequibo.

“O presidente Lula é certamente ativo nesse front e, sendo um país que faz fronteira com a Venezuela, tem laços e conexões importantes com as autoridades do governo Maduro, e é capaz de enviar mensagens-chave a elas. O governo brasileiro já expressou sua preocupação com a situação lá”, afirmou, em referência a ações recentes contra opositores políticos de Caracas.

No Rio de Janeiro, Blinken participa do encontro de ministros das Relações Exteriores do G20 no dia 21. O diplomata pretende aproveitar as margens do encontro para engajar outros países nos esforços internacionais para estabilização do Haiti. No ano passado, uma força policial internacional liderada pelo Quênia recebeu a chancela do Conselho de Segurança da ONU para atuar no país, mas a operação ainda não foi iniciada.

Os EUA também querem aproveitar o encontro para reforçar o alinhamento de suas prioridades com a agenda proposta pelo Brasil na sua presidência do G20. Entre elas, estão a promoção da inclusão social, o combate à forme e iniciativas para a transição para a energia limpa e o desenvolvimento sustentável.

“O secretário Blinken planeja destacar diversos exemplos concretos, como nossos esforços para desenvolver variedades de culturas diversas e adaptadas ao clima, e para desenvolver solos saudáveis por meio de parcerias como a Divisão para Culturas e Solo Adaptativos”, afirma o secretário-assistente para assuntos econômicos e de negócios, Ramin Toloui.

Questionado se existe a possibilidade de um comunicado conjunto dos chanceleres sobre a Guerra na Ucrânia, especialmente após a morte do líder opositor russo Alexei Navalni, Toloui disse que o Brasil não tomou a iniciativa de propor um documento do tipo, mas ressaltou que isso seria incomum, dado que o encontro neste mês é a nível ministerial, não de chefes de Estado.

Ele também afirmou que, por ora, não há uma agenda de bilaterais de Blinken com outros líderes no Rio de Janeiro, sem confirmar nem descartar a possibilidade de um encontro com seu par russo, Serguei Lavrov.

Depois do Brasil, Blinken segue para Buenos Aires, onde tem um encontro previsto com o presidente argentino, Javier Milei. Na agenda da discussão, de acordo com o governo americano, estão crescimento econômico sustentável, “nosso compromisso em comum com direitos humanos e governança democrática”, minerais críticos, e ampliar o comércio e investimento entre os dois países.

“O presidente Milei está engajado em um amplo esforço para reformar a economia argentina, lidar com a dívida massiva da qual o país sofre, e tornar o governo mais eficiente. Esses são importantes temas para discussão, assim como cumprir esses objetivos cruciais enquanto continua-se a resguardar os mais vulneráveis na sociedade”, afirmou Toloui.

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  • Data: 16/02/2024 09:02
  • Alterado:16/02/2024 21:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: FOLHAPRESS/Fernanda Perrin









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