Bibliotecas em Diadema são muito mais que locais de leitura

As bibliotecas de Diadema estão longe de ser apenas locais de leitura. Os equipamentos da cidade – são um total de sete bibliotecas e duas salas de leitura – sediaram eventos diversos, promoveram a diversidade, a valorização da produção literária local, entre diversas outras atividades ao longo do ano. “Temos feito dos espaços pontos de encontro, de discussão, de troca, e isso tem sido muito rico para todo mundo”, explicou a coordenadora da Rede de Bibliotecas de Diadema, Ruymar Marazo.

Em 2023, foi grande o número de eventos realizados. Em março,em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, foram realizadas oficinas direcionadas ao público feminino, como a palestra para mulheres e meninas com autismo na Biblioteca de Inclusão da Vila Nogueira e encontros de escritoras femininas na Biblioteca Central. Ainda nesse mês, houve o início do projeto Entre Páginas, que entrevistou, ao longo do ano, mais de 30 escritores. Em conjunto com o Serviço de Formação da Secretaria de Cultura foram ofertadas oficinas de escrita criativa, introdução à Filosofia, Libras, Braile, ioga, massoterapia, dança inclusiva, violão e desenho. Também foram ampliadas as oficinas de Libras e Braile.

Abril e maio foram repletos de eventos riquíssimos em termos sociais. Fazendo jus ao Dia do Braile (08/04), as bibliotecas de inclusão do Vila Nogueira, a Central e a do Paineiras, em parceria com o Instituto Dorina Nowill, disponibilizaram um acervo de audiobooks e de atividades para a compreensão das dificuldades da realidade desse grupo.

Em junho, oficineiros e alunos das oficinas de Libras fizeram uma visita guiada e inclusiva ao Museu do Ipiranga. Em  julho, a Rede de Bibliotecas lançou o projeto “Diadema Escreve”, que recebeu mais de 200 escritores. A abertura do evento foi realizada em parceria com a Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CREPPIR), em uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra, Caribenha e Latino-Americana (25/07), com a participação das artistas locais Ryane Leão e Ifè Rosa Oad.

A 12ª edição do Viagem Literária foi realizada em agosto e outubro, com contação de história e encontro com escritores. Estiveram na cidade a contadora de histórias Ivani Magalhães e ocartunista André Dahmer. Cerca de 150 pessoas participaram das atividades. Ainda em setembro, a Biblioteca da Vila Nogueira reuniu mais de 150 pessoas para contação de histórias em braile e em Libras. Em Outubro, frequentadores da Biblioteca de Inclusão do Vila Nogueira foram visitar a REATECH 2023, uma feira voltada às novidades tecnológicas que serão incluídas no mercado em um futuro próximo.

“Tivemos em outubro a FLID – Feira Literária de Diadema, no Teatro Clara Nunes, que contou com  24 lançamentos de novos autores na cena literária de Diadema, recebemos 10 editoras e contamos com a presença de Djamila Ribeiro, Jose Roberto Torero, Amara Moira, Cristino Wapichana, os quadrinistas Marcelo D’Salete e Alex Mir o poeta e cordelista Moreira de Acopiara, entre outros”, relatou Ruymar. “Foram três dias e mais de 2.500 visitantes”, destacou.

Entre os dias 29 e 30 de novembro e 01 e 02 de dezembro aconteceu a Virada Inclusiva nas Bibliotecas de Inclusão da Vila Nogueira, Biblioteca Central e Biblioteca Serraria. Foram quatro dias onde artistas com deficiência puderam mostrar seus talentos e também foram realizadas as mostras de processos dos alunos das oficinas inclusivas. Mais de 100 pessoas puderam aprender, se divertir e partilhar momentos.

“Foi realmente um ano muito produtivo. O Busão Cultural circulou pela cidade, recebemos acervos do Maurício de Souza, muitas pessoas estiveram nas atividades e com certeza a cultura, a leitura e a literatura pulsaram no município”, avaliou Ruymar. “Recebemos, por meio de editais, 15 tablets que vão nos dar condições de, em 2024, inaugurar uma nova Oficina Literária, mais tecnológica”, relatou a coordenadora.

Em dezembro, Diadema foi selecionado em um edital internacional. A cidade vai receber U$10 mil para desenvolver o projeto Diadema Escreve. “Com este recurso nós vamos desenvolver em 2024 o projeto Diadema Escreve, onde será criada uma plataforma digital para mapear os escritores da cidade e nela também colocar suas publicações”, explicou Ruymar. “Também faremos uma revista impressa e digital. O objetivo principal é fomentar a produção literária do município e dar visibilidade ao escritor e escritora da cidade”, completou.

A Biblioteca Olíria de Campos Barros está participando de uma mentoria junto ao Museu da Pessoa para escrever a história do equipamento, que é o mais antigo da cultura na cidade. “Recebemos diversos livros para renovação do nosso acervo ao longo do ano, estamos animados com o Diadema Escreve e com certeza teremos muito mais atividades no próximo ano”, finalizou.