Em SP, espetáculo inédito discute questões sociais e políticas
Rogério Tarifa dirige Ópera Urbe 2 – Política Cínica
- Data: 21/11/2023 09:11
- Alterado: 21/11/2023 09:11
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Ópera Urbe 2 – Política Cínica
Crédito:Alécio Cesar
As vidas de quatro amigos que fazem escolhas bem diferentes são o plano de fundo para Ópera Urbe 2 – Política Cínica, com dramaturgia e música original de Carlos Zimbher e direção de Rogério Tarifa. O espetáculo está em cartaz na Praça Roosevelt. Confira o serviço completo abaixo.
O elenco traz os atores André Cézar Mendes, Eduardo Mossri, Darília Ferreira, Karen Menatti e Tricka Carvalho e Patricia Gifford, que estão em cena ao lado dos músicos Daniel Doctors, Felipe Chacon, Jackie Cunha, Juma Passa, Matheus Caitano e Zimbher.
A peça narra a trajetória desses amigos entre a juventude e a vida adulta. Eles deixam a casa dos pais por conta de diferenças ideológicas. As irmãs Mari, que está em processo de se assumir como mulher trans, e Cathe, que sonha em jogar futebol profissionalmente, são oprimidas pelo próprio pai. E Cathe, que ganha muito dinheiro trabalhando como prostituta de luxo, banca a fuga de casa e os estudos das duas. O estudante de sociologia Juan, filho de um militar linha dura, conhece Cathe e Mari em um campo de futebol de várzea. Ele apresenta as duas para Mafo, que é ativista de movimentos sociais e filha de um juiz conservador.
Ao longo dos anos, Mari vai se tornar a primeira professora transvestigênere numa faculdade de filosofia, e sua irmã Cathe vira juíza. Juan, que um dia sonhou em desmilitarizar a polícia para se contrapor seu pai, acaba não conseguindo seu intento.
Já Mafo torna-se fotógrafa profissional e, em 2013, ao trabalhar na cobertura de uma manifestação, é atingida por uma bala de borracha e acaba ficando cega de um dos olhos. Por ironia do destino, quem a acertou foi seu amigo Juan e a juíza responsável por julgar a agressão é Cathe.
O público acompanha a evolução dessa amizade e a transformação de cada personagem ao longo do tempo, passando por acontecimentos históricos brasileiros como a Ditadura Militar, o movimento Diretas Já e a convulsão social polifônica de 2013, chegando até os dias atuais. Quem conduz a plateia e os personagens por essa jornada temporal é a figura de um personagem místico chamado Sátiro Cilena, que atua como um corifeu/narrador. Ele interfere nas cenas com um condão mágico.
Os sonhos pessoais e desejos profissionais de cada um são friccionados na trama e aí se dão os conflitos, os encontros amorosos e políticos que os unem e separam. E toda a encenação se divide como tempos de uma partida de futebol, na qual o Prólogo é a Concentração, o Primeiro Ato, o Primeiro Tempo, o Segundo Ato, o Segundo Tempo, o Terceiro Ato, a Prorrogação e o Epílogo, a disputa de Pênaltis.
A saga tem como proposta discutir questões sociais contemporâneas, como o racismo; a violência policial; o estado de direito; corpas e corpos que são alvos; os privilégios políticos e culturais de uns em detrimento aos direitos negados a outros; e as relações políticas e sociais.
Ficha Técnica
Direção – Rogério Tarifa
Dramaturgia e música original – Carlos Zimbher
Orientação do processo de criação – Patrícia Gifford
Elenco – André Cézar Mendes, Eduardo Mossri, Darília Ferreira, Karen Menatti, Tricka Carvalho e Patrícia Gifford
Músicos – Daniel Doctors, Felipe Chacon, Jackie Cunha, Juma Passa, Matheus Caitano e Zimbher
Direção musical – Carlos Zimbher e Daniel Doctors
Arranjos – Daniel Doctors
Direção de arte – Rogério Tarifa
Direção de movimento – Jorge Garcia
Preparação vocal – Luiz Gayotto
Cenografia – Andreas Guimarães e Rogério Tarifa
Figurino – Juliana Bertolini
Costureiras – Francisca Lima e Celeni Viana
Oficineiras / assistência de figurino – Yas Santos e Isabel Espinoza
Visagista – Tiça Camargo
Assistente de direção – Rodrigo Ramos
Criação audiovisual – Flavio Barollo
Comunicação visual – Fabio Viana
Assessoria de imprensa – Pombo Correio
Coordenação geral do projeto – Zimbher e Vi Silva
Direção de produção – Vi Silva
Assistente de produção – Gabriela Morato
Produção executiva – Gabriel Morato, Vi Silva e Zimbher
Produção administrativa – Gustavo Sanna
Fotografia – Alécio Cezar
Contrarregra – Andreas Guimarães
Coordenação técnica de som – Eduardo Gomes
Técnico de luz – Rodrigo Ramos
Operador de som – JP Hecht
Sinopse
Quatro jovens renegados e um narrador atravessam fatos históricos como a Ditadura Militar, as Diretas e Junho de 2013. Direção de Rogério Tarifa e dramaturgia de Carlos Zimbher.
O espetáculo Ópera Urbe – Política Cínica e as outras ações do coletivo como shows, rodas de conversas e cineclube estão ocupando a Praça Roosevelt de novembro a dezembro. Ações que fazem parte do projeto Rumor da Rua, contemplado pela 39ª edição do Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo.
Shows
1º: Indiana Nomma canta Mercedes Sosa – a voz dos sem voz
29/11 – às 20h – Praça Roosevelt, 184
Grátis
Duração 60 minutos
2º: Carlos Zimbher e banda – Cordas, nós e voz
01/12 – às 20h – Praça Roosevelt, 184
Grátis
Duração 60 minutos
3º: (se)cura humana – (se)cura com água
08/11 – às 20h – Praça Roosevelt, 184
Grátis
Duração 60 minutos
Serviço
Ópera Urbe 2 – Política Cínica
Duração: 1h30
Classificação indicativa: a partir de 12 anos
Praça Roosevelt
19, 20 e 28 de novembro, às 18h.
04, 06 e 07 de dezembro, às 18h.
11, 12, 13 e 15 de dezembro, às 18h.
Endereço: Praça Franklin Roosevelt, s/n – Bela Vista
Ingressos: Grátis