ONU projeta El Niño até abril de 2024 afetando o clima e aumentando a temperatura

Ativo desde junho deste ano, o fenômeno El Niño deve permanecer até abril de 2024 e continuar aumentando a temperatura do globo

  • Data: 08/11/2023 15:11
  • Alterado: 09/11/2023 15:11
  • Autor: Rodilei Morais
  • Fonte: Organização Meterológica Mundial
ONU projeta El Niño até abril de 2024 afetando o clima e aumentando a temperatura

Crédito:Reprodução

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Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (08), a Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU especializada em estudos climáticos, declarou que o presente fenômeno El Niño deve continuar em atividade até o próximo mês de abril. Até lá, o órgão projeta que ele deve seguir aumentando a temperatura do planeta, além de influenciar secas e tempestades.

Consistindo em um aquecimento das águas na superfície do Oceano Pacífico, o El Niño é parte de um ciclo natural da Terra, afetando o clima de todo o planeta de diferentes formas. A fase atual do fenômeno está ativa desde junho deste ano, mas a OMM espera que seu pico de intensidade aconteça entre este mês de novembro e janeiro de 2024. Há ainda cerca de 90% de probabilidade de que ele permaneça durante todo o verão, decaindo de força até abril do ano que vem.

Áreas em vermelho na primeira imagem estão com temperaturas acima do usual. Na segunda, as áreas em verde têm recebido mais chuva que a média e em amarelo menos chuva graças ao El Niño (Imagem: OMM/Reprodução)

El Niño

Tipicamente, o El Niño acontece a cada dois a sete anos — os anteriores aconteceram em 2016 e 2019 — e dura de nove a doze meses. Apesar de ser algo natural no planeta, as mudanças climáticas causadas por atividades humanas têm exacerbado os efeitos do fenômeno, trazendo secas ainda mais intensas nas regiões do globo onde a precipitação diminui e chuvas mais severas onde ela aumenta. No Brasil, a região Norte se enquadra neste primeiro grupo, enquanto Sul e Sudeste fazem parte do segundo.

Já em um contexto global, os efeitos do fenômeno devem se traduzir no ano mais quente já registrado pela humanidade. O secretário-geral da OMM, o professor Petteri Tallas, afirma que “os impactos do El Niño na temperatura global aparecem tipicamente no ano seguinte ao seu desenvolvimento, mas com os recordes de temperatura atingidos desde junho, 2023 se encaminha para ser o ano mais quente da história.” 

Até o momento, o ano mais quente de que se tem registros foi o de 2016, quando o último El Niño de forte intensidade havia ocorrido. Tallas alerta ainda que 2024 pode superar os recordes atingidos em 2023.

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  • Data: 08/11/2023 03:11
  • Alterado:09/11/2023 15:11
  • Autor: Rodilei Morais
  • Fonte: Organização Meterológica Mundial









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