Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro recebe última competição antes do Parapan-americano

Meeting Paralímpico acontece nos dias 3, 4 e 5 de novembro, encerrando as competições antes dos Jogos Parapan-Americanos, no Chile

  • Data: 03/11/2023 18:11
  • Alterado: 04/11/2023 08:11
  • Autor: Rodilei Morais
  • Fonte: ABCdoABC
Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro recebe última competição antes do Parapan-americano

Crédito:Rodilei Morais/ABCdoABC

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Acontece neste final de semana o Meeting Paralímpico de São Paulo, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CTP), o evento encerra um ciclo de 10 competições ao redor do país e conclui os preparativos para os Jogos Parapan-Americanos, que começam no dia 17, no Chile. A competição reúne mais de mil atletas das modalidades de atletismo, halterofilismo e natação.

Reunindo atletas de elite do paradesporto nacional e jovens talentos em ascensão, os Meetings Paralímpicos são realizados desde 2021, sendo uma atualização dos Circuitos Loteria Caixa, encontros semelhantes que já aconteciam desde 2005. Neste ano, o Meeting já passou pelas cinco regiões do Brasil. 

“Temos atletas aqui que não só representarão [o Brasil] mas conquistarão medalhas lá no Parapan-Americano,” afirma Yohansson Ferreira, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e ex-atleta, seis vezes medalhista paralímpico. O Brasil vai a capital chilena de Santiago defendendo o título de maior medalhista — não somente da última edição, no Peru, mas também de todas as outras três desde 2007, quando o evento aconteceu no Rio de Janeiro.

Dificuldades e apoios

Entre corridas, saltos, mergulhos e levantamentos de peso durante a manhã desta sexta-feira, centenas de atletas mostraram que estão prontos para a tarefa. Yohansson defende, porém, que o que define o esforço feito pelos no centro não deve ser definido como “superação.” “O ser humano tem que se superar em busca dos seus objetivos,” não apenas aqueles que se enquadram como PcD, argumenta o ex-atleta. No lugar deste termo, Yohansson prefere “paixão pelo esporte paralímpico e resiliência, principalmente nos dias de hoje,” declara.

Esta última — a resiliência — fica clara quando o vice-presidente do CPB fala sobre o início de sua trajetória no esporte, em 2005, quando as condições para os paratletas treinarem eram mais árduas. Ele afirma que hoje o CTB é um dos melhores em todo o mundo, se igualando às estruturas dos Estados Unidos e Ucrânia, por exemplo. O complexo conta com mais de 100.000 metros quadrados de área construída, incluindo quadras, vestiários, restaurantes e alojamentos, atendendo 18 das 22 modalidades paralímpicas. O desejo de Yohansson é que estas condições não se limitem a São Paulo. “Quero que o esporte paralímpico chegue a todos os lugares do Brasil para atender todas as crianças com deficiência que um dia sonhem em ser um atleta.”

Além de receber apoio dos governos estadual e federal, as Loterias Caixa patrocinam o Meeting Paralímpico e as modalidades de natação e atletismo, sendo que esta última também recebe apoio da petroquímica Braskem. Yohansson reforça a importância destas contribuições, dizendo que “isso dá uma estrutura maior para que os atletas tenham apoio, recursos, material esportivo e condições para várias competições ao redor do mundo.”

O patrocínio da Braskem ao atletismo paralímpico foi firmado em 2015 e renovado no ano passado. Isso contribuiu com a participação do Brasil no Mundial de Paris, no qual o Brasil trouxe 47 medalhas para casa — a maior marca de sua história na competição.

Atletas paralímpicos de projeto local visitam o CTB

Atletas do Futuro Paralímpico, projeto financiado pela Braskem em Mauá e Santo André também estiveram presentes no primeiro dia do Meeting em São Paulo. Uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Inclusão Sociocultural (IBISC), o Futuro Paralímpico visa encontrar novos talentos para as modalidades do paradesporto e garantir condições de treinamento para estes jovens.

Atletas do projeto Futuro Paralímpico visitam CTP (Imagem: Divulgação/Braskem)

Iniciado em maio deste ano, o Futuro Paralímpico teve origem na Lei de Incentivo ao Esporte, do governo estadual de São Paulo, e o programa tem uma duração de 12 meses.

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Crédito:Rodilei Morais/ABCdoABC Prova de salto em distância no Meeting Paralímpico
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Crédito:Rodilei Morais/ABCdoABC Imagem Ilustrativa
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Crédito:Rodilei Morais/ABCdoABC O halterofilismo é uma das modalidades em que o Brasil espera conquistar medalhas no Parapan
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Crédito:Rodilei Morais/ABCdoABC Prova de atletismo na pista do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro

  • Data: 03/11/2023 06:11
  • Alterado:04/11/2023 08:11
  • Autor: Rodilei Morais
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