Guerra de Israel é assunto que os pais e professores precisam conversar com as crianças

Conflito no Oriente Médio domina as conversas e redes sociais; adultos devem explicar causas da guerra e transmitir valores pacíficos, diz educadora parental Stella Azulay

  • Data: 22/10/2023 16:10
  • Alterado: 22/10/2023 16:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Guerra de Israel é assunto que os pais e professores precisam conversar com as crianças

Crédito:Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Pela ampla repercussão diária nos noticiários, redes sociais e até nas conversas dos adultos, o conflito armado em Israel envolvendo judeus e palestinos certamente é acompanhado pelas crianças. Essa é a razão pela qual os pais e professores devem tomar a iniciativa de conversar sobre o assunto com elas, argumenta a educadora parental Stella Azulay, CEO da Juntos Educação.

A fala dos pais vai ser muito importante para os filhos no direcionamento final sobre o que é uma guerra e as suas consequências, e isso também serve para os professores. Com filhos pequenos, é importante verbalizar que existe uma guerra e o que ela é”, disse. Nessa fase, a educadora explica que é importante transmitir às crianças os conceitos que elas entendam.

Por exemplo, a guerra é um momento em que duas nações não se entendem e ocorrem muitas mortes. “Uma guerra normalmente é uma disputa por algo, nem que seja poder, e pode ser somente por causa do ódio a outro povo ou uma guerra racial. É importante explicar as diferenças de forma lúdica, se possível usando livros e bonecos”, sugere.

Quando as crianças são mais velhas, Stella chama a atenção para que a conversa seja feita com base em informações confiáveis. “A questão do Oriente Médio é extremamente complexa, então os pais não devem falar sobre aquilo que não sabem. A conversa com os filhos e alunos não pode ser feita com base em achismos”, reforça.

Para falar do tema, os pais precisam buscar as informações corretas, continua a educadora. “Leiam a respeito, busquem entender. Se os pais sentirem que não entendem o assunto com profundidade ou que não possuem ferramentas suficientes para explicar alguma coisa, escolham o silêncio. Digam apenas o que acham de uma guerra. Expliquem o que é terrorismo, porque tudo o que vem acontecendo no Oriente Médio é uma grande oportunidade de se explicar o que é terrorismo, racismo e ódio a um povo.”

Além de conceitos, é preciso transmitir valores, acrescenta Stella. “Queremos que eles levantem bandeiras? Que tenham suas próprias ideologias? Se os nossos filhos serão os cidadãos do futuro, eles é que vão promover a guerra e a paz. Então, o que queremos que os filhos sejam, enquanto cidadãos do futuro? Os que promovem a guerra ou a paz?”, indaga.

Aproveitando o tema, a educadora sugere mencionar alguns temas relacionados, como racismo, homofobia, xenofobia, feminicídio, cidadania, empatia. Essa é uma reflexão importante para os pais, uma vez que eles influenciam os filhos por meio do exemplo. “Podemos refletir como anda a guerra dentro de casa, a empatia e o amor ao próximo. E o que nós, pais, trazemos de valores éticos para os filhos na mesa de jantar.”

Mais importante do que defender um lado ou outro do conflito, é preciso considerar que as crianças estão desenvolvendo a sua visão de mundo e a orientação dos pais é um fator decisivo. “É muito importante entendermos quem serão os cidadãos do futuro que estamos influenciando hoje, em um momento delicado e triste para todos. Quando nos comunicarmos com crianças e adolescentes sobre o que está acontecendo no Oriente Médio, vamos pensar no mundo que a gente quer que eles construam.”

Sobre Stella Azulay

Mãe de 4 e mãedrasta de 2. Educadora Parental, Fundadora e CEO da Juntos Educação Parental. Jornalista, com especializações em Análise de Perfil e Neurociência Comportamental. Sua carreira inclui passagens por emissoras como SBT e TV Record, tendo sido também correspondente em Jerusalém/Israel pelo SBT, onde viveu por 4 anos. Teve seu escritório de desenvolvimento humano por mais de uma década. Ministrando também cursos, workshops e palestras para milhares de pessoas nos últimos 20 anos.  Além disso, hoje Stella é palestrante TEDx e escritora best seller.

Sobre a Juntos Educação Parental

A Juntos Educação Parental foi fundada em 2023 pela educadora parental Stella Azulay, fruto da paixão dela pelo tema, e seu marido e sócio Frank Azulay.

A Juntos é a mais completa empresa de Educação Parental do Brasil, fazendo parcerias b2b com empresas e escolas.

Ela oferece bem-estar através de conhecimento, empoderando pais e responsáveis em suas funções educadoras, transformando famílias e sociedade, através de conteúdos nos formatos de lives, palestras, workshops, treinamentos, talkshows, podcasts e vídeos. E para democratizar, expandir e aprofundar o conhecimento, a Juntos criou uma ‘Netflix’ da Educação Parental, disponibilizando uma plataforma de cursos com os temas mais desafiadores no que se refere a educação de filhos no século XXI.

Tudo isso com uma equipe de mais de 20 profissionais, cada um com uma referência em suas respectivas áreas de atuação (como psicologia, psiquiatria, educação sexual, finanças, pediatria, entre outras), e todos eles formados também como educadores parentais pela Discipline Positive Association.

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  • Data: 22/10/2023 04:10
  • Alterado:22/10/2023 16:10
  • Autor: Redação
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