Beija Sapo volta repaginado para fisgar o público na era dos aplicativos de pegação
Após Luísa Sonza e Chico Moedas, Valentina Bandeira se diz pronta para juntar mais casais
- Data: 17/09/2023 14:09
- Alterado: 17/09/2023 14:09
- Autor: Vitor Moreno
- Fonte: Folhapress
Valentina Bandeira, que comanda a nova versão do Beija Sapo
Crédito:Rodrigo Trevisan/Divulgação
Em tempos de aplicativos de relacionamento, ainda há espaço para programas de namoro na TV? É isso que a MTV Brasil tenta responder a partir deste domingo (17) com a nova versão do Beija Sapo – curiosamente patrocinada pelo Tinder. A atração fez sucesso entre 2005 e 2007 sob o comando de Daniella Cicarelli, 44, e volta reformulada com Valentina Bandeira, 29, à frente do projeto.
“Não sei se os programas de namoro perderam terreno por causa dos aplicativos, acho que são fases mesmo”, avalia a nova apresentadora. “Tanto que agora está voltando o Teste de Fidelidade [na RedeTV!], o [Rodrigo] Faro continua com o [quadro] Vai Dar Namoro no programa dele [da Record] e a Ana Clara também tem o programa de pegação [no Multishow]. Eu acho que está no hype, é um momento muito bom.”
A dinâmica básica do programa se mantém como no original: um príncipe ou princesa tem que escolher entre três sapos ou pererecas (apelidadas carinhosamente de “sapas” na edição só com mulheres), que não podem revelar detalhes de suas aparências físicas. A decisão é baseada em bate-papo e dinâmicas que testam o poder de improviso e de sedução dos pretendentes.
As novidades são mais relacionadas ao acordo comercial que possibilitou a volta da atração. Na primeira parte do programa, o príncipe ou princesa analisa o perfil dos três candidatos e escolhe um deles para dar um Superlike (nome de uma das funções do Tinder), podendo passar o intervalo conversando com aquela pessoa. Em vez de “quem você escolhe?”, a apresentadora usa “com quem você vai dar match?”, como é chamado quando duas pessoas se curtem no aplicativo.
Valen, como também é conhecida a atriz de sotaque carioca que faz as vezes de fada madrinha, diz que a intenção foi mesmo manter a aura do original, com um toque de modernidade. “A MTV dos anos 2000 fez parte fundamental das referências que eu tenho, eu assistia o Beija Sapo fielmente com a Cicarelli”, conta. “Não conversei pessoalmente com a Cicarelli, mas tivemos a bênção dela.”
Aliás, ocupar a vaga que foi da ex-modelo é algo que mexeu com o ego dela. “Isso me deixa lisonjeada num lugar de mulher gostosa, porque ela era muito gostosa e linda – algo que eu ainda não tinha experimentado tanto na vida”, comenta. “Mas o que pega mesmo é a responsa de fazer tão bem quanto ela.”
Além de Cicarelli, ela cita outra apresentadora conhecida do público como referência: Ana Maria Braga, 74, sua “ídola desde criança”. “Para mim, é a maior apresentadora do Brasil”, afirma. “A intimidade que ela cria com o público me fez sentir menos sozinha a minha vida inteira, é uma coisa até de apoio emocional, sabe?”
Já como formadora de casais, Valen se mostra orgulhosa de ter sido a responsável por unir um dos casais mais midiáticos do momento: Luísa Sonza, 25, e Chico Moedas, 27. Foi após um bate-papo com Valen no podcast Match O Papo que a cantora demonstrou interesse público em conhecer o influenciador digital, o que acabou acontecendo pouco tempo depois. “Eu estou em êxtase que o primeiro casal que eu formei é o casal do momento”, diz ela. “Não podia ser melhor.”
O programa também pretende manter (e se possível ampliar) a representatividade entre os participantes. A primeira versão foi um dos primeiros a exibir um beijo entre dois homens no horário nobre da TV brasileira – também houve edição com duas mulheres. Desta vez, o primeiro programa já será com uma princesa que se define como bissexual, escolhendo entre candidatos de ambos os sexos.
“É inassistível um programa que não tenha representatividade atualmente”, defende a apresentadora. “É muito pouco para as pessoas. A gente já quebrou muitas barreiras nesse sentido de liberdade, de ser quem se é, dentro da televisão principalmente, e dentro da internet. Então, eu acho que é meio que obrigatório, inevitável, fundamental… Não tem outra saída a não ser incluir todo tipo de representatividade dentro de qualquer projeto que você fizer daqui pra frente.”
Mas e a própria Valen, será que participaria da atração a fim de encontrar uma cara-metade? Ela diz que sim. Experiência em beijar sapos ela conta já ter: “Eu lembro de alguns (risos)”. “Mas vou dizer para você que sou bem seletiva”, afirma. “Não sou do tipo que sai pegando qualquer um, penso direitinho. É difícil me deixar com tesão, tem que trabalhar duro.”