Mãe e filha apaixonadas por música se emocionam na primeira edição do The Town 2023

Terminou a primeira edição do The Town 2023, a primeira edição do festival de música, arte e cultura no Brasil, mais especificamente em São Paulo. Foi uma semana inesquecível para brasileiros que sonhavam em ver a mistura entre artistas brasileiros e internacionais. Foram 5 dias de festival, com 6 palcos, mais de 235 horas de música e aproximadamente 500 mil apaixonados pela música.

Para muitos foi inesquecível, mas para uma duplinha que unem forças quando o assunto é show. A mãe, Inês Suzuki acompanha shows desde sua juventude e de lá pra cá enumera quantos artistas já presenciou. “Eu sempre amei desde criança. Na década de 70 só quem tinha muito dinheiro conseguia ir nos shows. Por volta dos meus 16 anos um amigo me presenteou com um ingresso para um show do Queen no Morumbi”, relembra.

Suzuki a partir deste momento entrou na vibe de viver nesta loucura de acompanhar seus artistas preferido. “Eu não podia perder nenhum show. Minha filha também começou a amar os shows também e formamos dupla”, conta. A fã acompanhou além do The Town, esteve presente em edições do Rock In Rio, shows no Allianz Parque também.

Perguntada se teria algum show que a marcou, ela responde que Back Street Boys, Coldplay e Kiss foram os preferidos. “Cada show tem uma história. O Back Street Boys guardo com mais carinho porque minhas alunas me apresentaram e passei a gostar”. Inês Suzuki fez carreira como professora de inglês e utilizava a música internacional como método de ensino para facilitar a compreensão e processo educacional dos alunos.

Já a sua dupla, Luisa Suzuki é influenciadora digital, e também apaixonada pela música. Presente no The Town a criadora de conteúdo aproveitou para exibir looks novos e mostrar as marcas que a acompanha em seu trabalho. O amor pelos shows começou na adolescência quando passou a viajar nos sons da banda britânica One Direction.

E certamente que ela e a mãe não perderam a oportunidade de estarem na “Cidade da Música”. “A energia do lugar é algo surreal. Só quem vive pode sentir a energia de perto. É como se você tivesse em outro planeta, um planeta da música”, emocionada conta Ines Suzuki.

Emoção na música Just The Way You Are, de Bruno Mars

Elas tinham ido nos shows do Post Malone, que se apresentou no dia 02/09, depois acompanharam Maroon 5 na última quinta (07) e por fim Bruno Mars. O dono de hits famosos como “Talking to the Moon”; “Leave The Door Open”, “Tresure”, “When I Was Your Man”, se apresentou em duas a oportunidades. A primeira no domingo 03/09, fazendo o público se emocionar não apenas com suas músicas, mas fazendo o público dançar com ele e incluindo “Evidências” na setlist por meio de seu talentoso tecladista.

O público brasileiro abraçou Bruno Mars e por aqui virou “Bruninho”, e claro que ele respondeu com “Eu quero você gatinha”. O gostinho de quero mais permaneceu durante toda a semana. Fãs que não conseguiram marcar presença na primeira apresentação correram para não perder o segundo show do artista no festival.

No último domingo (10/09), Bruno Mars fechou o espetáculo, fazendo mais uma vez o público sentir a energia e a vibe de suas músicas, seu carisma com o povo brasileiro. Mars abriu o show com “24K Magic”, seguido por “Finesse” e “Treasure”. Mas inevitavelmente lágrimas vieram quando ele entoou “Versace on the Floor”; “It Will Rain”, “Marry You” e “When I Was Your Man”.

Um dos momentos emblemáticos do show foi quando o tecladista John Fossitt, assim como na semana passada, tocou “Evidencias”, porém com os autores deste “hino brasileiro” presentes: Chitãozinho e Xororó.

E aí vocês se perguntam: por que Just The Way You Are? Pois bem, a fã Inês Suzuki no ano de 2015, recebeu uma homenagem de seus alunos, com uma apresentação em coral com esta canção. “Quando ele tocou esta, eu voltei no tempo. Meus alunos haviam me entregado flores. Eu amava a parte de coral com eles”, relata. A emoção refletida na obra faz ela e outros milhares de fãs sentirem-se pertencentes e mais próximos de um artista querido.

Mars encaminhava a apresentação para o final com a mais badalada e a que mais vimos o público se empolgar. Quando ela começa a “Locked out of heaven” não teve um ser humano que não tirasse foto, gravasse storys com o famoso “Oh, yeah, yeah, Oh, yeah, yeah”.

Parecia que ele estava indo embora, alguns segundos de suspense, há quem ameaçasse os primeiros passos para ir embora quando simplesmente ele volta com tudo para fechar com dança, emoção, gigante, diversão a “Uptown Funk”.

Entrou para a história de quem foi em um dos shows mais marcantes da história. Certamente para a dupla Suzuki, frenéticas por shows, não sairá da memória.

Problemas com organização

Seguindo na contramão da Lollapalosa, que também segue o estilo de várias apresentações em diferentes palcos, o The Town tentou fazer o mesmo, entretanto com os palcos próximos um do outro. Os principais por exemplo, o Skyline e The One ficaram um em frente ao outro. Aglomeração das pessoas, alguma delas perdidas por não saber qual palco seria determinada apresentação. O palco Factory também teve uma grande presença de público.

Dos mesmos criadores do Rock In Rio, faltou uma organização do espaço, de modo que os palcos fossem melhores distribuídos. O afunilamento para se deslocar de um espaço para outro gerou tumulto, confusão, resultando em uma desorganização.

Outro problema pontuado foi referente a falta de organização para os “PCD’s, não havendo espaços para que eles pudessem se acomodar. “Pecaram na organização”, enfatiza Inês Suzuki.

O The Town 2023 terminou com uma edição história, com o misto de sentimento bom pelos shows espetaculares que foram apresentados, mas com o desgosto por carecer de uma organização melhor.