Canção de protesto de agricultor desbanca Taylor Swift e chega ao topo das paradas dos EUA
‘Rich Men North of Richmond’ fala sobre desigualdade social e as diferenças entre políticos conservadores e progressistas
- Data: 22/08/2023 13:08
- Alterado: 01/09/2023 19:09
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Oliver Anthony
Crédito:Reprodução/YouTube
A canção de protesto de um agricultor, que há duas semanas era totalmente desconhecido, se espalhou como rastilho de pólvora nas redes sociais e alcançou o número um das paradas mais ouvidas nos Estados Unidos. De acordo com ranking da revista Billboard, a música desbancou até mesmo Taylor Swift, a queridinha do pop atual.
Rich Men North of Richmond, título da canção country de Oliver Anthony, um ruivo barbudo, exala críticas às elites da maior potência mundial frente à dura vida da classe trabalhadora, que chega a duras penas ao fim do mês.
Desde que foi lançada em 11 de agosto no YouTube, a canção foi reproduzida em streaming mais de 17,5 milhões de vezes e baixada 147.000 vezes em menos de uma semana, tornando-se a número um da lista Hot 100, elaborada pela Billboard, superando artistas consagrados como Taylor Swift, Morgan Wallen e Olivia Rodrigo.
Considerada um “hino político dos operários” por alguns veículos de comunicação, a canção denuncia os “obesos, que sugam o estado de bem-estar”, enquanto há pessoas na rua “que não têm nada para comer”.
Tendo como único cenário uma vegetação exuberante ao fundo, Anthony usa microfone e violão para criticar as políticas econômicas liberais dos anos 1980, que deixaram a regulação nas mãos do mercado, ou o aumento dos suicídios entre os jovens americanos.
Rich Men North of Richmond também aborda as diferenças entre os conservadores sul e centro dos Estados Unidos e as cidades progressistas do leste e do oeste do país.
A direita e a extrema direita, lideradas por comentaristas ultraconservadores como Laura Ingraham e Matt Walsh, se apropriaram da canção, segundo o The New York Times.
A congressista republicana pela Geórgia (sul), Marjorie Taylor Greene, próxima de Donald Trump e defensora de teorias conspiratórias, considerou a canção um “hino dos americanos esquecidos há tempos pelo nosso governo”, escreveu na rede social X, antigo Twitter.