Pesquisa: 68% dos moradores do estado de SP compraram pela internet nos últimos 12 meses
Fundação Seade analisou hábitos de consumo pela internet e observou que o consumo on-line diminui conforme o avanço da idade
- Data: 10/08/2023 13:08
- Alterado: 10/08/2023 13:08
- Autor: Redação
- Fonte: Fundação Seade
Crédito:Marcello Casal Jr - Agência Brasil
A Fundação Seade analisou hábitos de consumo pela internet entre residentes no Estado de São Paulo e foi observado que a maioria dos entrevistados (68%) realizou compras ou contratou serviços pela internet, nos 12 meses que antecederam a realização da pesquisa. A análise foi feita a partir dos dados de pesquisa realizada pela Fundação Seade, por meio de coleta remota, utilizando Unidade de Resposta Audível (URA), em fevereiro de 2023.
Entre as compras realizadas, destacam-se eletrônicos ou eletrodomésticos, cursos, produtos de turismo e, em menor medida, de supermercado. A pesquisa também mostra que a prática dessas compras é maior nos estratos mais elevados de renda e instrução e diminui conforme o avanço da idade.
“Os hábitos de consumo pela internet podem ser associados aos atributos mais frequentes dos usuários das tecnologias de informação e comunicação (TICs), ou seja, quanto mais elevada a escolaridade e a renda, maior é a propensão de acesso e utilização da internet em suas diferentes aplicações, dentre as quais a aquisição de bens e serviços”, afirma Lilia Belluzzo, da Divisão de Estudos e Projetos Sociais da Fundação Seade.
O consumo on-line tende a ser maior no município de São Paulo – 6 p.p. maior que a média do interior do Estado. Por outro lado, o gênero não se mostra, na maioria dos casos, como um importante fator de diferenciação dos consumidores.
O cenário de hábitos de consumo dos paulistas via internet sugere, entre outras possibilidades, a influência do dinamismo econômico da capital, seja na geração de oportunidades de acesso a renda e consumo, ou ainda na diversidade de oferta e acesso aos produtos e serviços on-line. “Vale mencionar também a oferta de conexão de qualidade à internet e a logística de distribuição e entregas de mercadorias, fatores que podem, eventualmente, contribuir para o impulsionamento ou restrição aos hábitos de comprar via internet”, aponta Lilia Belluzzo.
Embora o hábito de comprar pela internet esteja bastante disseminado, cerca de 30% dos paulistas se mostram refratários a essa prática, proporção que se eleva entre os mais idosos, de menos escolaridade e menor rendimento no domicílio.
Entre as motivações alegadas pelos entrevistados para a não adesão ao comércio on-line estão o desconhecimento de como utilizar a internet (cerca de 40%), seguido por insegurança (27%) e falta de acesso à rede (15%).