Pressionado, Biden vai ao México em ofensiva para deter imigração ilegal
As medidas, anunciadas na quinta-feira, preveem regras mais duras para expulsar imigrantes que chegam ao país pela fronteira mexicana
- Data: 09/01/2023 13:01
- Alterado: 09/01/2023 13:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visita nesta segunda-feira o México, para discutir sua agenda de imigração e de combate ao narcotráfico com o presidente Andrés Manuel López Obrador. Sob pressão de democratas e republicanos contra sua nova política para controlar a disparada da imigração nos EUA nos últimos anos, Biden esteve ontem no Texas, onde defendeu o plano.
As medidas, anunciadas na quinta-feira, preveem regras mais duras para expulsar imigrantes que chegam ao país pela fronteira mexicana. O número de ilegais que entraram no território americano no ano passado chegou a 900 mil, depois de terem chegado a 245 mil no ano anterior.
O plano de Biden proibiu migrantes de Cuba, Nicarágua, Haiti e Venezuela sejam proibidos de solicitar asilo no país caso cruzem a fronteira com o México sem a autorização dos postos de entrada.
Criticado tanto pela esquerda do Partido Democrata quanto pela oposição republicana, Biden diz que a nova estratégia permitirá um fluxo ordenado de pessoas na fronteira.
Encontrar formas de cooperar com o México na questão da migração é um objetivo fundamental para Biden em sua visita ao país. Em seu discurso na quinta-feira, o presidente anunciou que o México concordou em aceitar até 30 mil migrantes por mês do Haiti, Venezuela, Cuba e Nicarágua se eles tentassem entrar nos Estados Unidos ilegalmente e seus pedidos de asilo fossem rejeitados.
Mas observadores de longa data da relação entre os dois países disseram que há limites para o que o México aceitaria.
“O México não pode garantir a segurança daqueles que fogem da violência”, disse Ana Lorena Delgadillo, diretora da Foundation for Justice, uma organização que apoia migrantes no México. “Os mexicanos estão fugindo da violência em suas próprias comunidades. Como vamos proteger os outros se não podemos proteger os nossos?”