Regina Braga e Isabel Teixeira celebram São Paulo, no Sesc Santo André

Espetáculo teatral São Paulo tem muita música, poesia, bom humor e surpreendentes histórias sobre a cidade.

  • Data: 13/01/2023 10:01
  • Alterado: 13/01/2023 10:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Sesc Santo André
Regina Braga e Isabel Teixeira celebram São Paulo, no Sesc Santo André

Regina Braga celebra a cidade de São Paulo

Crédito:Divulgação/Roberto Setton

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O espetáculo São Paulo, estrelado por Regina Braga, será exibido no Sesc Santo André, em curtíssima temporada, de 20 de janeiro a 11 de fevereiro de 2023, somente às sextas e sábados. No dia 24 de janeiro, véspera do aniversário da cidade, o espetáculo terá uma sessão especial seguida por bate-papo, na Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, 363, Bom Retiro). Com direção de Isabel Teixeira, São Paulo revela histórias encantadoras, garimpadas ao longo de anos, sobre uma cidade que assusta, desafia, acolhe, estimula e sempre surpreende. Dividindo o palco com Regina, um grupo músicos e atores formado por Xeina Barros (voz e percussão), Alfredo Castro (voz e percussão), Vitor Casagrande / Maik Oliveira (voz, cavaquinho e bandolim) e Gustavo de Medeiros / Guilherme Girardi (voz e violão) traz à tona versos, contos e melodias que mostram uma cidade única, contraditória, misteriosa e muito divertida.

Desde a sua fundação, em 25 de janeiro de 1554, na área conhecida como Campos de Piratininga, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, onde já existia o Pateo do Colégio, a cidade de São Paulo tem vivido contínuas transformações, sempre acolhendo quem chega, multiplicando sua diversidade e acelerando sua evolução. Esta cidade ocupa o papel de personagem principal do espetáculo, que reúne histórias deliciosas como o relato do Padre José de Anchieta sobre subir a serra do mar (a pé!), a visão poética de Itamar Assumpção sobre o Rio Tietê, a reflexão de Drauzio Varella sobre os passarinhos (bem-te-vis, tico-ticos, sanhaços, sabiás…) que, teimosos, ainda insistem em morar na cidade, e outras preciosidades escritas por ninguém menos que José Miguel Wisnik, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Paulo Prado, Castro Alves, Paulo Caruso, Guilherme de Almeida, Plínio Marcos, José Ramos Tinhorão, Alcântara Machado, German Lorca, Frei Gaspar da Madre de Deus, Carlos Augusto Calil, Paulo Bonfim e Pedro Corrêa do Lago. 

A ideia do espetáculo começou a tomar forma há dez anos, estimulada pela leitura do livro A Capital da Solidão, de Roberto Pompeu de Toledo“Com este livro, a minha relação com a cidade mudou, passou a ser mais amorosa, de afeto mesmo, buscando entender os lugares descritos no livro, como a forca que existia na Liberdade”, revela Regina, que chegou em São Paulo aos 18 anos de idade e, como ela mesma diz, “foi ficando”. São Paulo, uma cidade que nasceu isolada, escondida e assim permaneceu por quase quatro séculos. Ao longo da peça, (re)descobrimos a transformação da pacata vila com o ciclo do café, que fomentou estradas de ferro e estimulou a imigração; a fundação da Faculdade de Direito no largo de São Francisco, que impactou definitivamente em sua vida cultural e de lazer; o crescimento da cidade para além dos rios Tietê e Pinheiros; o surgimento das periferias a partir dos anos 30 e sua imensa força braçal e cultural; o carnaval do jeito bem paulistano e suas primeiras escolas de samba… 

“A evidente paixão de Regina pela cidade de São Paulo é contagiante, conduz o fio narrativo e envolve completamente quem assiste ao espetáculo”, afirma a diretora Isabel Teixeira. Este afeto e este encantamento motivaram uma extensa pesquisa sobre a cidade e o que se escreveu e se cantou sobre ela, com inúmeras ideias anotadas – uma a uma, ano após ano – em um caderninho. Um processo de construção narrativa realizado com as pessoas e para as pessoas, que foi incorporando referências que vieram à tona em uma série de leituras realizadas na Casa de Mario de Andrade, na Biblioteca Mario de Andrade, na Casa das Rosas e em oito exibições no YouTube. 

A própria Regina, responsável pelo roteiro, organizou tudo sobre uma ampla mesa, peça central no processo de criação e que acabou sendo o principal elemento cenográfico na montagem teatral, em volta da qual casos e lembranças são compartilhados e ganham calor, cor e som, como acontece mesmo em uma acolhedora mesa de roda de samba, daquelas que adoramos em um boteco ou no quintal de casa. Entre as pérolas resgatadas, São Paulo, Chapadão da Glória (Silas de Oliveira e Joaci Santana), Samba Abstrato (Paulo Vanzolini), Viaduto de Santa Efigênia (Adoniran Barbosa), O Mundo (André Abujamra), No Sumaré (Chico César), Vira (Renato Teixeira), Persigo São Paulo (Itamar Assumpção), entre outras. “A Regina é uma artista muito completa: escreve, canta, produz, sempre muito viva e inquieta. Eu me reconheço nessa inquietação”, complementa Isabel. 

E é por inquietação e afeto que Regina compartilha também algumas de suas lembranças da cidade, como as chegadas de trem na Estação da Sorocabana (como era conhecida a estação Júlio Prestes), os jardins floridos dos casarões da Av. Angélica, a elegância nas ruas, a garoa, as águas que sumiram embaixo do cimento, com os rios subterrâneos e retificados, a efervescência do centro da cidade e de teatros como o Maria Della Costa, o Arena e o Oficina, a Escola de Arte Dramática que funcionava onde hoje é a Pinacoteca, as – também teimosas! – árvores da cidade: ipês brancos, roxos, amarelos; flamboyants vermelhos, alaranjados; tipuanas; jacarandás mimosos; sibipirunas com flores amarelas que imitam canários… Uma cidade sempre viva, estimulante e aberta, como o próprio espetáculo, como seus próprios habitantes. Parafraseando Itamar Assumpção, não é (só) amor, é uma identificação absoluta. São Paulo é Regina, São Paulo somos nós. 

Sinopse

Espetáculo teatral que passeia pelos encantos, mistérios e fatos curiosos da cidade de São Paulo, sua formação, suas transformações, sua gente, suas contradições, sua força. A cidade de São Paulo como personagem principal que ganha vida em textos e músicas garimpados ao longo de uma extensa pesquisa, apresentados de forma divertida, leve e surpreendente.

São Paulo, com Regina Braga

Duração: 90 minutos

Classificação: 12 anos (recomendado)

Acesso para pessoas com mobilidade reduzida

Recomenda-se o uso de máscara durante todo o espetáculo.

 

Sesc Santo André

R. Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar, Santo André

Telefone: (11) 4469-1200

De 20 de janeiro a 11 de fevereiro de 2023

Somente às sextas, às 20h, e sábados, às 19h

Ingressos – R$ 40,00 (inteira) / R$ 20,00 (meia-entrada) / R$ 12,00 (credencial plena)

Tradução em Libras

Capacidade: 302 lugares

Estacionamento: R$ 6,00 (credencial plena) / R$ 11,00 (público em geral)

https://www.sescsp.org.br/programacao/sao-paulo/ 

Oficina Cultural Oswald de Andrade

Terça-feira, 24 de janeiro, às 20h30

Apresentação única, seguida por bate-papo com o elenco

Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo

Telefone: (11) 3222-2662

Grátis

Distribuição de ingressos 1 hora antes

Capacidade: 40 lugares

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  • Data: 13/01/2023 10:01
  • Alterado:13/01/2023 10:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Sesc Santo André









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