Ucrânia: ministro morto denunciou supostos crimes de guerra cometidos por Moscou

Ministro estava no cargo desde 2021, quando foi indicado pelo presidente Volodymyr Zelensky

  • Data: 18/01/2023 15:01
  • Alterado: 18/01/2023 15:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Ucrânia: ministro morto denunciou supostos crimes de guerra cometidos por Moscou

Crédito:Reprodução

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O ministro do Interior da Ucrânia, Denis Monastirski, morreu nesta quarta-feira, 18, aos 42 anos, em um acidente aéreo com um helicóptero que deixou ao menos 18 mortos, incluindo duas crianças. No cargo desde 2021, por indicação do presidente Volodymyr Zelensky, Monastirski passou boa parte de seu mandato lidando com os assuntos internos de um país em guerra, tomando parte direta em negociações de troca de prisioneiros e denunciando supostos crimes de guerra cometidos por Moscou.

Monastirski era apenas um parlamentar do governista Servo do Povo, partido de Zelensky, quando foi indicado para substituir o ministro do Interior mais longevo da história do país, Arsen Avakov, que ocupou o gabinete entre 2014 e 2021. No parlamento, Monastirski foi presidente do Comitê de Aplicação da Lei, e participou do Conselho Nacional de Políticas Anticorrupção.

Quando aceitou o convite de Zelensky para dirigir o ministério, em julho de 2021, o então parlamentar disse estar tomando “a decisão mais difícil” de sua vida.

Entre outras atribuições, o ministro estava responsável pelo comando da polícia ucraniana e de outros serviços de emergência do país. Ele também desempenhou papéis importantes durante a guerra, negociando trocas de prisioneiros com o lado russo e denunciando supostos crimes de guerra cometidos em territórios ocupados.

Em novembro do ano passado, quando as tropas ucranianas recuperaram Kherson em meio a contraofensiva iniciada em setembro, Monastirski foi a figura do governo que denunciou perante à imprensa e à comunidade internacional que os russos teriam se utilizado de centros de tortura na província do sul da Ucrânia.

“Onze locais de detenção foram encontrados, quatro deles com sinais de ser câmaras de torturas”, afirmou o ministro ucraniano na época, denunciando a descoberta de 63 corpos na região. Ele também atuou na troca de prisioneiros ucranianos que participaram da batalha na usina siderúrgica de Azovstal com a Rússia, em maio do ano passado.

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  • Data: 18/01/2023 03:01
  • Alterado:18/01/2023 15:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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