Estudo identifica compostos capazes de inibir o crescimento de tumores cerebrais
Com recursos da agência de fomento vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, projeto na área de saúde pode ajudar no tratamento do câncer
- Data: 16/03/2023 09:03
- Alterado: 16/03/2023 09:03
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Fapesp
Crédito:Reprodução
Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI), um estudo publicado na Scientific Reports, uma das mais conceituadas revistas do segmento, mostrou resultados promissores de duas substâncias que conseguiram inibir a proliferação do glioblastoma, um dos tipos mais letais de tumor.
O padrão atual deste tipo de tratamento é a remoção cirúrgica do tumor, seguida de quimioterapia e radioterapia, por exemplo. Embora tenha havido certa melhora na sobrevida de pacientes ao longo dos anos, o prognóstico ruim permanece, pois essas células tumorais têm alta capacidade de resistir aos medicamentos existentes e há casos em que voltam a crescer após operação.
No estudo, dois compostos (chamados de A5 e C1) mostraram capacidade de promover a morte das células de glioblastoma. Além disso, conseguiram bloquear a formação de novas células-tronco tumorais e potencializaram o efeito da temozolomida, atualmente o principal quimioterápico utilizado no tratamento.
“Mais estudos são necessários para melhor caracterizar a ação em células tumorais e normais, mas os resultados obtidos sugerem uma potencial aplicação terapêutica desses compostos como novos agentes citotóxicos úteis no controle dos glioblastomas”, explica Dorival Mendes Rodrigues-Junior, do departamento de bioquímica médica e microbiologia da Universidade de Uppsala, na Suécia, um dos autores do artigo.