Projeto desenvolvido pelo Centro de Pesquisas da Mauá será lançado em órbita neste ano
O satélite miniaturizado tem como objetivo monitorar e preservar as onças-pintadas nos biomas brasileiros
- Data: 19/04/2023 14:04
- Alterado: 19/04/2023 14:04
- Autor: Redação
- Fonte: IMT
O satélite miniaturizado tem como objetivo monitorar e preservar as onças-pintadas nos biomas brasileiros
Crédito:Divulgação
Em parceria com a Olimpíada Brasileira de Satélite/MCTI, o projeto OnçaSat será lançado em órbita no dia 30 de novembro, e é considerado o payload principal, isto é, a carga útil que fará parte da missão aeroespacial. Por meio de um cubeSat (cubo de 10 cm de lado e 1,3 kg de peso), satélite miniaturizado usado para pesquisas espaciais e comunicações radioamadoras, o OnçaSat tem como objetivo monitorar e preservar as onças-pintadas nos biomas brasileiros. Desenvolvido por engenheiros e alunos do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), sob a coordenação do engenheiro Fernando de Almeida Martins, gerente da Divisão de Eletrônica e Telecomunicações do Centro de Pesquisas do IMT, o projeto também tem participação na área aeroespacial.
“Todos os envolvidos tinham como inspiração inicial desenvolver um cubeSat para auxiliar no monitoramento de onças-pintadas no Brasil, mas ao longo dos meses, ganhou finalidades muito maiores, ou seja, hoje o projeto também consiste em um sistema de monitoramento real da vida selvagem na Terra, com possibilidades enormes em aplicações para smart cities e agro 4.0”, comenta Martins.
O sistema foi baseado no desenvolvimento de uma radiocoleira com GPS de baixo custo e baixíssimo consumo para se conectar, via rádio Lorawan, ao satélite feito pelo Centro de Pesquisas, que é então conectado a uma estação-base receptora. Desde 2020, existem estudos para a aplicabilidade do sistema, não apenas de como estruturar um projeto aeroespacial, mas também sobre ecossistemas e biologia. Desse modo, surgiu uma série de possibilidades, entre elas, participar da primeira Olimpíada Brasileira de Satélites (Obsat).
Com foco na competição, o OnçaSat teve como prêmio, além das medalhas e dos troféus, a possibilidade de integrar a equipe de cubeSat formada pelas dez melhores universidades do Brasil, que têm como objetivo lançar um cubeSat no espaço. O OnçaSat também participou da Latin American Space Challenges (Lasc), na qual conseguiu o segundo lugar, na categoria Universidades.
“Vale lembrar que, também em 2022, participamos de outra competição de inovação, design e empreendedorismo: o Desafio Flex de Inovação. Com muitos meses de estudo e uma semana intensa em Sorocaba, nossa equipe obteve o vice-campeonato, entre 112 projetos universitários de todo o país, e R$ 9 mil em prêmios”, lembra o engenheiro.