Jovens e HIV/Aids: saiba como se prevenir e evitar a evolução para a doença
Faixa dos 15 aos 24 anos é uma das que mais se infectam no país
- Data: 20/04/2023 14:04
- Alterado: 01/09/2023 17:09
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
HIV/Aids
Crédito:Leo Rodrigues - EBC
Um indivíduo infectado com o vírus HIV pode ficar até dez anos sem manifestar os sintomas da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), que é o estágio mais avançado da infecção. Mesmo sem desenvolver a doença, que é considerada silenciosa, pode contaminar outras pessoas sem saber.
Dados do Ministério da Saúde, entre 2011 e 2021, mostram que mais de 52 mil jovens de 15 a 24 anos com HIV evoluíram para a Aids no país. O diagnóstico tardio, a falta de testagem regular, a demora na busca por tratamento e até a falta de informação colaboram para esses números. Somente em 2021, mais de 11 mil óbitos foram registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) em decorrência do agravo, com uma taxa de mortalidade padronizada de 4,2 óbitos por 100 mil habitantes.
Em contrapartida, ao longo desses anos, ocorreram avanços importantes no combate ao HIV, aumentando a expectativa e qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus. Quem se testa com regularidade e busca tratamento oportuno, consegue reduzir a carga viral a níveis indetectáveis, e quando essa redução se mantém por mais de seis meses, a pessoa não transmite mais o vírus por relações sexuais.
Confira, abaixo, os tratamentos disponíveis e as formas de prevenção contra o HIV.
Cuidados
O preservativo (interno e externo) continua sendo o método mais eficaz para prevenção das infecções sexualmente transmissíveis, como o HIV, alguns tipos de hepatites, sífilis e evita a gravidez não planejada. O compartilhamento de seringas contaminadas, transfusão de sangue contaminado e de mãe para o filho durante a gravidez e amamentação são outras vias de transmissão do vírus.
Tratamento
A terapia antirretroviral é garantida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O uso de medicamentos antirretrovirais faz com que as pessoas vivendo com HIV/AIDS alcancem a chamada “carga viral indetectável”. As evidências científicas também mostram que pessoas vivendo com HIV que possuem carga viral indetectável, além de diminuir as possíveis complicações que podem ser causadas pela infecção do vírus, não transmitem o HIV se a carga viral indetectável se mantiver por pelo menos seis meses.
A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é a utilização da medicação antirretroviral após qualquer situação em que exista o risco de contato com o vírus HIV. A medicação age impedindo que o vírus se estabeleça no organismo – por isso a importância de se iniciar esta profilaxia o mais rápido possível após o contato: em até 72 horas, sendo mais eficaz se iniciado nas duas primeiras horas após a exposição. A profilaxia deve ser seguida por 28 dias.
Já a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é a utilização do medicamento antirretroviral por aqueles indivíduos que não estão infectados pelo HIV, mas se encontram em situação de elevado risco de infecção. Com o medicamento já circulante no sangue no momento do contato com o vírus, o HIV não consegue se estabelecer no organismo.
Serviços oferecidos na capital
A Coordenadoria de IST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) oferece as profilaxias pré e pós-exposição (PrEP e PEP). A PrEP é oferecida nas 27 unidades da Rede Municipal Especializada (RME) e nas 45 unidades de hormonização da Rede SAMPA Trans. A PEP está disponível nos 92 serviços municipais de saúde, incluindo as unidades da RME, 37 serviços da rede de urgência e emergência nas unidades referências de hormonização para pessoas trans localizadas em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) e hospitais.
Além disso, o Projeto PrEP na Rua é uma iniciativa pioneira que disponibiliza a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV fora das unidades de saúde. Já a unidade itinerante de Centro de Testagem e Aconselhamento, o CTA da Cidade, é mais uma forma de acesso ao tratamento e prevenção ao HIV e outras ISTs, pois tem como objetivo levar uma estrutura completa de atendimento para onde estão as populações mais vulneráveis, em dias e horários alternativos.
Complementando as políticas públicas de enfrentamento ao HIV na cidade, a SMS disponibiliza preservativos em locais com grande circulação de pessoas, como metrô e terminais de ônibus.
Mais informações estão disponíveis na página da Coordenadoria de IST/Aids.