“Valencianas II” é indicado ao 30º Prêmio da Música Brasileira
O anúncio dos indicados ocorreu nesta terça-feira, em meio à turnê de circulação do concerto por algumas cidades brasileiras
- Data: 26/04/2023 08:04
- Alterado: 26/04/2023 08:04
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Valencianas II - Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto
Crédito:Íris Zanetti
O Prêmio da Música Brasileira acaba de divulgar os indicados de sua 30ª edição, realizada após um hiato de quatro anos. “Valencianas II: Ao Vivo em Portugal”, de Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto aparece na lista de indicados na categoria Lançamento da MPB, concorrendo com Alaíde Costa pelo álbum “O Que Meus Calos Dizem sobre Mim” e com a parceria de Chico Buarque e Hamilton de Holanda no projeto “Que Tal um Samba?”. Os indicados foram escolhidos dentro de um universo formado por mais de dez mil artistas de todos os estados e regiões brasileiras, reafirmando o compromisso do prêmio com a diversidade musical.
A cerimônia de premiação e anúncio dos vencedores está marcada para o dia 31 de maio, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A grande homenageada desta edição será a cantora Alcione, que celebra 50 anos de carreira.
“Valencianas II” foi lançado em 2022, e pode ser considerado como novo capítulo da bem-sucedida parceria entre a Orquestra Ouro Preto, o cantor e compositor Alceu Valença e o diretor de cena Paulo Rogério Lage. O novo álbum apresenta músicas novas (que ficaram de fora do primeiro registro), com novos arranjos assinados por Mateus Freire, apresentadas ao público sob a regência do maestro Rodrigo Toffolo.
“O sucesso das Valencianas foi tão intenso que sentimos uma forte necessidade de dar continuidade ao projeto. Incluímos canções como “Táxi Lunar”, “Tomara”, “Como Dois Animais”, “Pelas Ruas que andei”, “Tesoura do Desejo”. Valencianas é um dos pontos altos da minha carreira”, destaca Alceu Valença.
Em 2015, o CD e DVD “Valencianas”, foi eleito como melhor disco de MPB do Prêmio da Música Brasileira, a categoria de maior prestígio da premiação.
Paralelo ao anúncio da indicação, Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto viajam pelo país apresentando este encontro. Nesta quinta (27/04), eles se apresentam no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Depois é a vez de Belo Horizonte (04 e 05/08), João Pessoa (17/08), Olinda (18/08) e Rio de Janeiro (19/08).
“O que queremos proporcionar com Valencianas II é um encontro inesquecível entre a música de concerto e a música de Alceu Valença. Uma forma não só de homenagear este mestre da MPB, bem como a brasilidade que a obra de Alceu nos remete”, conclui Rodrigo Toffolo.
Histórico
Valencianas, a primeira edição do espetáculo, foi concebida em 2010, para celebrar os 40 anos de carreira de Alceu Valença, fruto do encontro com Paulo Rogério Lage, que há tempos planejava proporcionar contornos orquestrais à sua obra, juntamente com o maestro da Orquestra Ouro Preto e o homenageado.
Até então, o trabalho do cantor e compositor pernambucano, não havia recebido tal tratamento, o que representou uma experiência inédita na carreira de Alceu. O sucesso da parceria foi absoluto, levando milhares de pessoas a teatros e praças no Brasil e em Portugal.
A Orquestra
Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do país, a Orquestra Ouro Preto tem como diretor artístico e regente titular o Maestro Rodrigo Toffolo. Premiado nacionalmente, o grupo jovem vem se apresentando nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo. A orquestra foi criada em 2000 e seu trabalho é marcado pelo experimentalismo e ineditismo.
A essência da Orquestra Ouro Preto está em tornar a música de concerto acessível e interessante ao público, tirando a música erudita das salas de concerto e levando até o público em um exercício de popularização do estilo. Por isso, maestro e músicos estão sempre atentos ao exercício de desmistificar o estilo, tornando-o atraente aos ouvidos de todos.
A fórmula escolhida pela Orquestra Ouro Preto para isso é a junção entre a excelência e a versatilidade, a mistura entre o clássico e os estilos mais populares, fazendo um encontro milenar da música clássica com o rock, a MPB e até o hip hop, linguagens amplamente difundidas e repletas de contemporaneidade. Parte daí a especial atenção do grupo à efervescência cultural da américa Latina, com foco na música brasileira de concerto e nas demais manifestações musicais de países vizinhos, assim como à pesquisa e difusão do repertório vinculado à Escola Mineira de Compositores do Séc. XVII
Maestro Rodrigo Toffolo
Rodrigo Toffolo é diretor artístico da Orquestra Ouro Preto desde sua fundação, em 2000, e assumiu a regência titular do grupo em 2007, após formação junto ao Maestro Ernani Aguiar, um dos maiores compositores e pesquisadores brasileiros em atividade. Doutorando em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa (Portugal) e Mestre em Musicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rodrigo Toffolo imprime na Orquestra uma visão ampliada de gestão e musicalidade, que ele gosta de conceituar como “excelência e versatilidade”.