Ex-embaixador japonês mata filho por medo que ele cometesse ataque
Hideaki Kumazawa, de 76 anos, foi detido por apunhalar repetidamente seu filho; ele temia que comportamento de Eiichiro o levasse a ‘prejudicar outros’
- Data: 03/06/2019 09:06
- Alterado: 03/06/2019 09:06
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução Twitter
Um ex-embaixador e funcionário de alto escalão do Japão matou seu filho de 44 anos por medo de que seu comportamento o levasse a “prejudicar outros”, como no recente ataque à faca no país que deixou 2 mortos e 17 feridos, a maioria estudantes.
Hideaki Kumazawa, de 76 anos, foi detido no dia 1.º de junho por apunhalar repetidamente seu filho, Eiichiro, na casa que dividiam.
Kumazawa, ex-funcionário do Ministério de Agricultura, Pesca e Gestão Florestal e ex-embaixador na República Tcheca, explicou aos investigadores que agiu movido pelo medo, após saber que o ataque em Kawasaki, ao sul de Tóquio, foi cometido por um homem com tendência ao isolamento social.
“Acredito que meu filho poderia prejudicar outros”, explicou Kumazawa, segundo disseram fontes da investigação à agência local Kyodo nesta segunda-feira, 2. “Eiichiro tinha a tendência a ficar afastado da vida social e mostrava um comportamento violento com os pais, com os quais convivia”, disseram as fontes.
Pai e filho haviam tido uma discussão horas antes do crime porque Eiichiro tinha ficado aborrecido com o barulho que vinha de uma competição esportiva organizada em um colégio próximo.
O assassinato aconteceu no sábado e foi o próprio Kumazawa que chamou a polícia. A vítima foi encontrada deitada na cama com mais de 10 facadas no tórax e no abdômen. A polícia encontrou na casa um bilhete supostamente escrito pelo pai no qual relatava suas intenções.
Eiichiro vivera sozinho na capital japonesa por mais de 10 anos, mas no fim de maio se mudou, por iniciativa própria, para a casa dos pais, no bairro de Nerima, oeste de Tóquio.