Vendas crescem 3,4% no varejo em agosto, diz IBGE

Em agosto de 2020, o volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 3,4% depois de julho de 2020, após alta de 5,0% no mês. Com esse resultado, o volume de vendas do varejo atingiu o maior patamar da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, ficando 2,6% acima do recorde anterior, de outubro de 2014. A flexibilização das medidas restritivas e a ajuda proporcionada pelo auxílio emergencial contribuíram para os resultados.

O resultado do quarto bimestre do ano, com relação ao terceiro, foi também o maior da série histórica (11,3%).

A média móvel trimestral cresceu 5,6% no trimestre encerrado em agosto. Frente a agosto de 2019, na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu 6,1%. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi 0,5%.

No comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas cresceu 4,6% em relação a julho, enquanto a média do trimestre foi 7,6%. Em relação a agosto de 2019, o varejo ampliado cresceu 3,9%, contra 1,6% em julho de 2020, segunda taxa positiva consecutiva. O acumulado nos últimos 12 meses foi de -1,7%.

O resultado ficou acima da mediana das projeções feitas por instituições financeiras. As estimativas iam de 1,2% a 8,6% de crescimento.

Considerando todos os meses da série, esta alta de 3,4% foi a quinta maior já registrada, ficando atrás dos meses de maio de 2020 (12,7%), junho de 2020 (8,8%), julho de 2020 (5,0%) e janeiro de 2017 (4,1%).

Das 8 atividades pesquisadas, 5 obtiveram alta entre julho e agosto. Os setores que se destacaram foram o de tecidos, vestuário e calçados, com um aumento de 30.5%. Outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%) e móveis e eletrodomésticos (4,6%). No Varejo ampliado, houve alta de 8,8% nas vendas de veículos.

Em agosto de 2020, frente a agosto de 2019, o comércio varejista cresceu 6,1%, com igual número de taxas positivas e taxas negativas. É importante lembrar que agosto deste ano teve um dia útil a menos que o mesmo mês do ano passado.

Outras atividades que se destacaram foram: Móveis e eletrodomésticos (36,3%), artigos de uso pessoal e doméstico (18,9%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,0%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,8%).

Após o tombo recorde no 1º semestre, a economia tem mostrado uma recuperação gradual no 3º trimestre, apesar das incertezas sobre a evolução da pandemia de coronavírus e das incertezas sobre a saúde das contas públicas.

A recuperação, porém, tem se mostrado desigual entre os setores. A produção industrial, por exemplo, cresceu pelo 4º mês consecutivo em agosto, mas ainda não eliminou as perdas com a pandemia.