Primeira-dama alerta sobre a necessidade de seguir distanciamento social
Muitas pessoas ainda não puderam voltar às suas rotinas, é preciso agir com cuidado e responsabilidade, diz em entrevista exclusiva ao portal ABCdoABC
- Data: 04/09/2020 22:09
- Alterado: 22/08/2023 22:08
- Autor: Redação
- Fonte: PMSA
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A primeira-dama de Santo André e presidente do Fundo Social de Solidariedade (FSS), Ana Carolina Barreto Serra, conversou com o ABCdoABC e alertou para a necessidade de colaborarmos com o momento de pandemia. Com a flexibilização, muitas pessoas deixaram de cumprir as medidas necessárias para o bem-estar de toda a população, como a utilização de máscaras e distanciamento social.
Segundo ela, estamos apenas em uma nova fase da pandemia, com a disseminação do vírus controlada “a gente não pode deixar que volte ao que era antes, ninguém quer voltar àquela fase de isolamento e de propagação alta do vírus”. Além disso, ainda existem muitas pessoas impossibilitadas de voltar à rotina, como transportadores escolares, pessoas que trabalham com entretenimento e buffets, é preciso cumprir as regras para que essas pessoas também possam retornar à suas vidas o mais rápido possível. Nesse momento, é necessário cuidado e responsabilidade, pois uma ação individual pode influenciar várias pessoas.
Quando perguntada sobre as ações que tem promovido, Ana Carolina explicou que num momento de inicial, a questão primordial seria o alimento, ter o que comer nas mesas. Daí surgiu o drive-thru solidário, uma maneira de recolher alimentos, de março até agora foram arrecadados e distribuídos um total de 43 toneladas de alimento a partir de doações nesse formato.
A segunda preocupação principal quando surge a pandemia então seria o emprego. “Muitas pessoas tiveram, da noite para o dia, os seus empregos tolhidos, elas não podiam ir trabalhar, inclusive, muitos autônomos que dependiam do trabalho do dia a dia, e não contam com a proteção da legislação trabalhista. Então a gente pensou no Fundo Social”, conta. O FSS tem como objetivo a capacitação profissional, geração de emprego e renda, mas, com o isolamento social tornou-se difícil a oferta dos cursos, “veio então a ideia do Costurando com Amor”, diz Ana Carolina. “A gente usa a máscara como um ato de amor, de se resguardar, cuidar da sua saúde e também cuidar da saúde do próximo”. A partir de uma reunião com todas as partes da prefeitura, surgiu o projeto Costurando com Amor. Foram contratadas mais de 1.200 costureiras, que receberam todo o material necessário, além de remuneração pela prefeitura e produziram mais de 800 mil máscaras, que estão até hoje sendo distribuídas para a população da cidade.
A primeira-dama ressalta a importância da participação de todos nos projetos, “essas ações só foram possíveis graças à participação de toda a sociedade”, e completa “quem puder a gente tá de portas abertas para receber e encaminhar a sua doação para quem mais precisa”.
CURSOS
Os cursos do Fundo Social de Solidariedade estão suspensos por conta da quarentena sem previsão de volta. Porém, já está sendo estudado um novo formato para quando foi possível o retorno, dependendo das necessidades do momento, do que haverá demanda.
SANTO ANDRÉ SOLIDÁRIO
Sobre a parceria do Fundo Solidário com os shoppings, a primeira-dama diz que o projeto não parou em nenhum momento, “enquanto os shoppings estiveram fechados, elas foram transferidas para os Drive-Thrus da prefeitura”. Agora, com a reabertura dos shoppings, eles já voltaram à normalidade. Foram arrecadados mais de 75 mil itens através desse programa. “Dentro desses itens, temos agasalho, cobertor, brinquedo, livros. Eles abastecem principalmente a biblioteca das UPAs que são inauguradas, da própria Faisa (Fundação de Assistência A Infância de Santo André), de forma a possibilitar para essas crianças uma nova atenção.”
Além disso, há os drive-thrus de arrecadação, pelos quais as pessoas podem passar de carro para fazer suas doações, respeitando o distanciamento social. Nesse formato foram arrecadados 50 mil itens, destinados a entidades assistenciais, população de rua e pessoas em situações vulneráveis.
PET
Como diz Ana Carolina, “e claro, nossos cachorros também não poderiam ficar de fora”. O projeto Moeda Pet, que também se reinventou para o formato de drive-thru, consiste na troca de garrafas plásticas por ração e já teve 500kg de ração entregues pelo programa, além de 600kg de garrafas arrecadadas.