Petição pede para que autódromo do Rio não seja construído

A petição, que mobilizou as redes sociais nesta terça-feira, é endereçada ao prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e quer impedir a construção autódromo, que é forte candidato a receber o GP do Brasil de Fórmula 1 a partir de 2021. 

 Caso a licença ambiental seja aprovada, a construção será erguida no bairro de Deodoro em área de Mata Atlântica, conhecida por Floresta do Camboatá. Essa é uma área rica em fauna e flora, e uma das últimas áreas do estado do Rio com este tipo de ecossistema. Dessa forma, a construção do autódromo causaria grande prejuízo ambiental.

 A petição, publicada no site O Bugio, busca obter 20 mil assinaturas. No início da manhã desta terça, já se aproximava de 19 mil. Outra petição, no Avaaz.org, tem como título “Pela preservação da Floresta do Camboatá! Que o autódromo seja em outro lugar” mobilizou mais pessoas. 

 Segundo o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o seu Relatório de Impacto Ambiental (Rima), elaborados empresa de consultoria ambiental pela Terra Nova, a floresta conta com Áreas de Preservação Permanente (APP).

Os impactos atingem fauna, flora e até aspectos sociais, como aumento da poluição sonora nos arredores do autódromo. São quatro espécies da flora local ameaçadas de extinção e cinco espécies da fauna.

No mesmo documento, a Rio Motorsports promete utilizar 810 mil metros quadrados do terreno como espaço de preservação ambiental. E sugere que o local seja utilizado para a manutenção do patrimônio biótico, implantação da área de soltura e recuperação de animais silvestres e criação de horto florestal.

Segundo documentos liberados pela Motosport.com, já aconteceram conversas entre o CEO da Fórmula 1, Chase Carey, e o prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella, garantindo que o novo autódromo seria o hospedeiro da corrida da categoria no Brasil.