Governo quer CPMF e Guedes propõe cortar tributos salariais das empresas
Paulo Guedes pretende retomar a antiga CPMF e está em busca de mudanças para conseguir convencer todos desta ação
- Data: 04/08/2020 12:08
- Alterado: 04/08/2020 12:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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O ministro da Economia, Paulo Guedes apresentou para o Presidente Jair Bolsonaro um plano para tentar diminuir as resistências no Congresso à criação de novo imposto sobre transações digitais, ou seja, trazendo de volta a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Segundo a apuração do Jornal O Estado de S.Paulo, a intenção principal é reduzir pela metade os tributos pagos pelo empregador. Hoje percentual ou valor fixo que será aplicado para o cálculo do valor de um tributo aos salários como contribuição à Previdência é de 20%, sendo assim, será reduzido a 10%.
Além disso, Guedes vai propor a redução de 20% para 15% da alíquota das empresas com um custo de R$ 50 bilhões de perda de arrecadação federal. Esta redução de 5 pontos porcentuais seria obtida, na prática, com duas medidas sem impacto no Orçamento do governo, são elas: redução de 8% para 6% do valor dos salários que é depositado pelas empresas nas contas do FGTS e corte permanente da metade dos encargos que pagam ao Sistema S.
Para os trabalhadores que ganham até um salário mínimo, a contribuição das empresas para o INSS não existirá mais, tendo como consequência o aumento de contratações de quem recebe o salário mínimo (R$ 1.045,00) e barre demissões de quem já tem emprego formal.
Estas medidas, estão sendo tomadas pelo Ministro Guedes para conseguir o apoio da indústria ao novo tributo. O setor de serviços já apoia a recriação da CPMF como saída para tirar do papel a chamada desoneração da folha de salários.