Bolsonaro afirma que decidiu não mais se vacinar
Durante entrevista, o presidente reafirmou que não pretende se imunizar
- Data: 13/10/2021 19:10
- Alterado: 13/10/2021 19:10
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia para sanção dos projetos de lei que ampliam a aquisição de vacinas pelo Governo Federal.
Crédito:Marcelo Camargo / Agência Brasil
Em entrevista concedida na noite de terça-feira (12), à rádio Jovem Pan, o presidente da República Jair Messias Bolsonaro, declarou que não irá tomar a vacina contra covid-19.
Em sua fala, Bolsonaro justificou que o fato de já possuir anticorpos, o isenta de tomar a vacina, visto que já foi infectado pelo vírus no mês de julho no ano passado.
Entretanto, a orientação dos especialistas é a de que até mesmo para aqueles que já foram infectados em outras ocasiões, a vacinação deve ser tomada, pois a mesma produz imunização efetiva e duradoura do que a resultante de uma infecção anterior.
Ademais, cabe ressaltar para o fato de que uma vacinação, além de mobilizar uma sociedade, ter maior eficiência evitando a contaminação quando a população já está imunizada. Ou seja, quando não se está imunizado, o problema gerado, não é apenas do não vacinado, mas afeta terceiros e contribui com circulação de determinado vírus. A ciência estipula que para uma vacina ter a correta eficiência, ele deve vir acompanhada da adesão de mais 80% da sociedade.
Por diversas vezes, o presidente tem repetido sistematicamente que será o último brasileiro a ser vacinado e, portanto, agora apenas novamente reafirmou que não irá se vacinar.
“Eu decidi não tomar mais a vacina. Eu estou vendo novos estudos, eu estou com a minha imunização lá em cima, IGG está 991. Para que eu vou tomar uma vacina? Seria a mesma coisa que você jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí”, afirmou Bolsonaro.
Com 66 anos de idade, o presidente Jair Bolsonaro, encontra-se do chamado grupo de risco da Covid-19 e mesmo assim segue afirmando que não tem a intenção de se imunizar. Além disso, Bolsonaro defende o tratamento precoce da doença, cuja sem qualquer eficácia ou comprovação cientifica.
Recentemente, tanto o presidente quanto toda a sua comitiva, não puderam ter livre acesso aos compromissos e locais destinados durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Na ocasião a comitiva recebeu críticas por parte de diversos lideres de todo o mundo todo por ser o único representante no evento a não ter se vacinado.