Maestro João Carlos Martins e Maria Bethânia se unem em apresentação única
Dois ícones da música no Brasil, os artistas subiram ao palco juntos pela primeira vez
- Data: 05/11/2019 08:11
- Alterado: 05/11/2019 08:11
- Autor: Rodilei Morais
- Fonte: Agência ISO/ABCdoABC
Maestro João Carlos Martins e Maria Bethânia
Crédito:Rodilei Morais/ABCdoABC
Maria Bethânia e João Carlos Martins, ícones da música popular e erudita no Brasil, se reuniram no palco pela primeira vez na última quarta-feira (30), no Espaço das Américas, em São Paulo. O concerto “De Beethoven a Bethânia” contou com a Orquestra Bachiana Filarmônica SESI-SP executando obras do compositor alemão e arranjos únicos para as canções de Bethânia, sob a regência de João Carlos.
Iniciando o repertório com uma das mais famosas obras da história, o maestro regeu os dois primeiros movimentos da Sinfonia no. 5 de Beethoven. Em seguida, aplaudido de pé, o músico de mais de seis décadas de carreira anunciou a entrada de uma das mais importantes figuras da MPB. Maria Bethânia começou sua performance com “Sonho Impossível” e seguiu com clássicos que marcaram sua carreira em uma nova sonoridade, conferida pela orquestra. Entre canções como “Lágrima” e “Explode Coração”, ouvia-se até referências a obra de Caetano Veloso.
Apesar de tantos anos de experiência, o maestro confessou a ansiedade pelo encontro nos ensaios da apresentação: “Já estive pelo mundo afora, ao lado de inúmeros solistas, mas estou nervoso”. Citando a honra que era para ele dividir o palco com Bethânia, o maestro tomou o assento do piano para saudá-la em uma bela performance solo. “Restaram dois polegares, e com estes dois polegares vou homenageá-la”. Bethânia logo retribuiu a homenagem, cantando “Se Todos Fossem Iguais A Você”.
O final do show reuniu a composição de Caetano para a irmã, “Reconvexo”, em que orquestra e público se uniram nas palmas que marcam o tempo da música, “Non, Je Ne Regrette Rien”, da francesa Edith Piaf, e “O Que É, O Que É?”, selando o rico repertório.
Aos presentes, restou não somente a experiência única de presenciar os dois ícones juntos, mas também o desejo por mais artistas repetindo o conceito do espetáculo.